Exteminus In Lunária: 1° Livro de uma saga

tentativa de superação

     Capítulo 1

  Duas horas depois do ocorrido, após dar o seu depoimento na delegacia Exterminus, Luna espera numa sala.
  — Senhorita Hagakure, tem alguém que possa vir lhe buscar? Ou você quer ser levada pelo veículo da empresa, se sim, pra onde você gostaria de ser levada?— Pergunta aquele mesmo agente da Exterminus que havia chegado mais na cena do crime mais cedo.
  — Eu quero saber como faço para me alistar na Exterminus.— Pergunta Luna com um tom super sério e um rosto mais sério ainda.
  — Você quer se alistar?— Pergunta o agente de forma confusa.
  — Se eu disse que quero me alistar, eu acho que significa que quero me alistar, não é?— Luna dispara de forma ignorante.
  — Eu só acho que seria melhor dar um tempo pra descansar depois do que houve com a Karine.— Diz ele se  preocupando com Luna, pois sabia que ela era importante para Karine.
  — Onde eu eu me alisto?— Repete Luna, ignorando tudo que o agente disse enquanto pensa no último pedido de Karine.
  — Você sabe algum estilo de luta e/ou defesa corporal básica ou avançada?— Pergunta o agente achando que ela não saberia de nada e desistiria.
  — Eu sei Artes marciais, Karatê, luta com bastão e lança.— Diz Luna surpreendendo o Agente, pois ele com certeza não acharia que uma menina de 1,69 com cabelo castanho de pontas rosas e com uma aparência inofensiva seria tão forte.
  — Apareça aqui amanhã às 09:00 da manhã com todos seus documentos importantes e ETC.— Diz o agente enquanto mexe no celular sem se importar mais com a situação.— Mas você ainda não me respondeu! Você quer ser levada pela empresa ou alguém vai vir te buscar— Fala o agente perdendo a paciência sem muitos motivos.
   — Me levem pra casa, por favor!— Diz Luna melancólica ao lembrar de Karine.
  Após um tempo, uma mulher entra na sala onde Luna estava.
  — Senhorita Hagakure, o carro da empresa chegou para te levar pra casa! Você vai querer um café para tomar no caminho?—
  — Hm ok...— Ela diz limpando suas lágrimas e seguindo a moça.
  Enquanto as duas passam pelo prédio da Exterminus, Luna repara em tudo lá dentro. Desde as luminárias chiques até os agentes que fingem ser durões, quando na verdades são babacas e desleixados longe dos superiores. Elas passam no refeitório para pegar o café de Luna e seguem o caminho até o térreo.
  Elas finalmente chegam ao térreo e a moça acompanha Luna até o carro. Luna entra no carro e a o motorista já tem o caminho no GPS(provavelmente ele foi informado antes).
  Ele começa a dirigir e o carro entra em um silêncio mortal, não existia nenhum assunto que possa ser puxado nesse carro, todos são banais demais para alguém que acabou de perder o amor da vida.
  O caminho é torturante para Luna. Ela não consegue parar de lembrar de Karine. As imagens de seu corpo morto consomem sua mente, lágrimas escorrem de seu rosto só de lembrar do rosto dos vampiros e do corpo de Karine sendo retirado da casa dentro de um saco preto acima de uma maca.
  O carro entra na rua onde elas moravam e  enquanto se aproxima da casa o motorista decide abrir a boca.
  — Eu sinto muito, viu! Mas... Você gosta de homens?—
  — Do que você está falando?!— A feição de tristeza se transforma em uma desacreditada.
  — Não estou querendo ser insensível, mas você é uma moça bonita! Não deveria sofrer por aqueles que não estão mais aqui! E sabe... Eu estou disponível!—  Luna não consegue acreditar naquilo está ouvindo. Como pode um cara tão merda falar essa coisas de Karine? Que para Luna era simplesmente a melhor pessoa do mundo.
  — Você tem problemas?!— Luna pergunta quase soltando o copo de café que ganhou.
  — Você é feminista? Por que vocês sempre ficam assim?! Eu estou só te elogiando e te dando um conselho!— Ele diz com um tom irritado e assustador, cada vez mais perto da casa dela.
  — Cara, você precisa urgentemente se tratar!— Luna diz irritada com lágrimas no rosto
  — Ah, agora você vai me dizer que te elogiar também é assédio?!— Ele para o carro para na frente na frente da casa de Luna enquanto ele diz isso.
  Luna não diz nada, ela apenas sai do carro e dá uma batida extremamente forte na porta dele.
  — Você está louca sua vadia?! Quer quebrar meu carro sua louca?!— Ele grita de forma que atrai atenção da vizinhança, fazendo alguns vizinhos olharem de suas sacadas e janelas.
  Luna continua ignorando e apenas segue o caminho para a porta chorando. Antes de ela entrar, ele buzina o carro.
— Acho que foi melhor pra Karine morrer do que ficar com uma louca como você! Talvez ela já não aguentava mais você e deixou os vampiros matarem ela!— Todo o ódio possível invade o corpo de Luna.
  Ela rapidamente se vira e arremessa o copo de café quente pela janela, que atinge ele e o queima. Ele sai desesperado com o carro e ela  entra na casa.