Exteminus In Lunária: 1° Livro de uma saga

Um grande problema

    Capítulo 2
"Eu sou a caçadora, eu vou proteger os meus de volta!"
Björk Guðmundsdóttir(Hunter 1997)

  Luna é acordada por um forte trovão que vem acompanhado de uma forte tempestade.
  Ela cata suas coisas de forma apressada e se joga no chão lamacento coberto de folhas. "Han? Ela não deveria estar aqui?" A jovem pensou ao aterrizar o lugar onde Koitso deveria estar dormindo.
  Assustada e confusa, ela começa a cambalear pela floresta sem nem escutar direito. As trovoadas e o barulho da chuva forte caindo no chão a deixam perturbada. Luna não sabe se de fato está escutando o som abafado pela chuva de pessoas correndo.

  — AH! LUNA! POR FAVOR ME AJUDA! ALGUÉM?!— Koitso grita distante. O desespero de Luna para acha-la só aumenta.
  — KOITSO?! ONDE VOCÊ ESTA?!— Ela corre na direção do grito de Koitso.
  Quando ela adentra a clareira, pode ver Koitso jogada no chão com um enorme corte na testa enquanto chora. Luna rapidamente corre na direção dela e a levanta do chão.
  — A gente precisa sair daqui antes que ele volte! Rápido! — Koitso exclama chorando.
  — Ele quem?!— Luna grita com seus batimentos cardíacos acelerando enquanto pegava nas mãos de Koitso para correr daquela situação.
  Uma criatura surge da mata lentamente. Ele tem mínimo 2 metros de altura, seu corpo extremamente branco e musculoso. Em seu rosto reside apenas um grande olho centralizado acima de seu fino nariz e sua grande boca, lotada de dentes afiados como uma faca, ansiando pelo sangue de qualquer um dos caçadores em treinamento que desse de cara com ele pela madrugada.
  — Onde pensam que vão, belas moças?— A coisa fala com sua voz grossa, quase como um tom de  simpatia.
  As meninas simplesmente paralisam ao ouvir isso. Koitso cai chorando desesperadamente no chão. Luna sente uma única lágrima escorrer de cada um seus olhos.
  Antes que qualquer uma das duas possa fazer algo, ele dá um salto tão rapido quanto uma bola de baseball sendo arremessada na direção delas. Luna rapidamente saca sua lança e acerta o peito dele, o rebatendo para longe.
  — Koitso, corre!— Ela diz enquanto o bicho se levanta.
  Koitso então levanta do chão e dispara dentro a mata. A fera se levanta e novamente salta em direção de Luna que o acerta em cheio nos braços e corre até o outro lado da clareira.
  Ele se levanta com os braços intactos, como se Luna não tivesse cravado a lança neles.
  — Eu não sei oque você acha que tá fazendo com essa lança, mas não vai funcionar!— Ele fala franzindo a testa e cerrando o punho.— Várias outras crianças ferradas como você tentaram me foder, acho que você sabe o fim delas!
  — Eu não sou uma criança!— Luna aponta a lança pra ele de olhos fechados com o corpo inteiro tremendo.— Eu tenho 23 anos! E você não vai me derrotar! Eu juro pra mim mesma que você vai morrer essa madrugada, pelas minhas mãos!— Ela grita entre lágrimas.
  A criatura põe suas garras pra fora e avança na direção de Luna, elas arranham o ombro da menina, que dá um giro, acertando as costelas dele, fazendo com  que ele caia no chão.
  Luna tira o moletom e faz um torniquete no arranhão, para evitar que perca muito sangue. Ela se arrasta pelo chão até o outro lado da clareira.
   — Sua vaca! Quem você pensa que é?! — A coisa grita no chão.— Eu vou te matar agora mesmo.— Ele corre de forma aterrorizante até Luna, que dá voltas e golpes desesperados para desviar.
  Enquanto Luna e monstro estão neste jogo de gato e rato, Koitso apenas corre desesperadamente pela floresta.
  — Não, não! Eu não posso deixar ela lá! Mas voltar seria morte na certa, mas ela se arriscou por mim. Eu... Eu não sei!— Sua corrida é interrompida por um simples graveto no chão que a faz cair. Um grito super alto sai de sua garganta, ela não havia se machucado, mas o susto foi o suficiente.
  Ajoelhada no chão lamacento, seu elástico de cabelo estoura. O seu grande e embaraçado cabelo cai molhado em sua face, fios de cabelo entrando em contato com o corte e o ardendo profundamente.
  — Eu não vou deixar ela lá! Eu vou voltar!— Koitso fala levantando com lágrimas escorrendo, escondidas pelas gotas da tempestade.— Eu vou matar esse cuzão agora mesmo!— Ela fala virando e correndo de volta para a clareira.