Aura - ZhanYi.

Capítulo 7

 Seus dedos apertam suavemente o copo de whisky quase vazio em suas mãos, encostado sobre o corrimão de ferro desfruta tranquilamente de sua bebida, apreciando como as gotas geladas deslizam por sua garganta, seus olhos estão sobre a pista lá embaixo, corpos e mais corpos movendo-se ao ritmo da música animada, dançando como se o amanhã nunca fosse chegar, e mesmo da parte de cima, pode ver os olhares convidativos lançados em sua direção, a maioria proponto algo indecente para terminar sua noite calma depois de um longo dia de trabalho, entretanto não se sente interessado, tudo que quer é terminar sua bebida e retornar para sua mansão, está cansado das brigas cansativas causadas por gangsters em algumas áreas que estão sobre seu comando, problemas que se multiplicam e não o deixam descansar por completo, mas há alguma noites atrás, não deixará uma chance como aquela passar, um boa foda não é algo que costuma dispensar assim com tanta facilidade.

Aquilo o faz rir sozinho, lembrando-se de todos os casos problemáticos que arranjou para si, por causa de sua maldita luxúria seu fim, o distraindo brevemente de todo movimento que acontece lá embaixo, mas então, seus olhos captam uma figura destoante daquele lugar, passando por entre as pessoas devagar, atraindo olhares e sussurros que o convidam para pecar, todos sendo ignorados rapidamente pelo corpo esguio e atraente que somente continua a seguir seu caminho até a entrada, é difícil desviar sua atenção, sente-se subitamente curioso pela imagem cativante, por isso continua atento, observando cada um de seus movimentos, o assistindo parar de repente e voltar-se diretamente para sua pessoa, uma face nova, diferente das que viu andando por aí, no fim de mundo que é como seu reino, olhos que pode julgar como afiados enquanto o encaram de volta, lábios provavelmente cheios que devolvem o sorriso provocador que veio a subir a sua boca sem sequer perceber, antes de se afastar e sair pela porta da frente.

Antes que perceba, está deixando a área VIP, passando pelas escadas indo em direção a pista, as pessoas estão abrindo caminho para que possa passar, agindo como se ele fosse um Deus, algumas vezes realmente se sente como um. Seus passos rápidos o levam para o lado de fora, pessoas saindo, pessoas entrando, ao longe pode ver aquele que atraiu sua atenção, um casaco jeans preto com escritas em vermelhos que não é capaz de dizer o que significam, sumindo em meio a multidão que está espalhada pelas ruas naquela noite, contendo o desejo de segui-lo, apenas balança sua cabeça em negação, rindo mais uma vez de si mesmo, assustando-se brevemente ao sentir um empurrão em seu ombro.

— Hey!! — Haoxuan o olha — O que houve? Você saiu de repente, deixando todo mundo assustado lá dentro, pensamos que alguém tinha vindo arrumar briga — diz — Eu quase chamei todo pessoal.

— Foi mal, Hao — dá de ombros — Eu vi um cara interessante na pista, ele já estava saindo, então decidi vir atrás pra ver se conseguia encontrá-lo, mas não tive sorte.

— Desde quando Xiao Zhan, sai correndo atrás de alguém? — ergue uma sobrancelha — Normalmente as pessoas correm até você, isso quando elas não estão correndo de você. Quem era o tal cara?

— Não sei, a pista estava escura e eu fiquei confuso por causa das luzes coloridas, ele só não me pareceu como alguém daqui — suspira — Eu...eu..., esquece, foi uma bobagem minha, deve ser algum desses garotos de família rica curioso.

— Hum, acho que você está cansado demais, precisa descansar ou quem sabe uma boa foda — o abraça pelos ombros — O que me diz? Posso te conseguir alguém fácil.

— Dispenso, vou pra casa, amanhã tenho que estar cedo no cassino para resolver alguns problemas — devolve o abraço — Aproveite você a noite, vou indo nessa — pisca para Haoxuan.

Zhan se afasta em direção ao seu carro, Haoxuan está o encarando com um olhar preocupado, mas não insiste em segui-lo, somente segue para dentro do clube de novo. A mansão Xiao está localizada fora de seus territórios, em uma parte mais isolada e afastada da confusão da cidade, Zhan gosta de paz, a sensação de calmaria é algo que aprendeu a apreciar com o passar do tempo naquele ramo, tudo que o dinheiro lhe deu, também lhe tirou, a quantidade de inimigos e pessoas o odiando do lado de fora das portas pesadas de sua mansão, é uma lista interminável, a maioria gente que algum dia esteve do seu lado e que no fim decidiram lhe virar as costas.