Capítulo 2

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  Park Yejun, acabou de acordar, ele se sentou na cama e olhou em volta por um instante.

A noite anterior foi tão conturbada que não teve tempo de pensar e analisar as coisas com calma. Estava na casa de um desconhecido, que para sua sorte apenas cuidou e foi gentil com ele, pelo menos até aquele momento. Mas não é como se tivesse outro lugar para ir, não possuía nenhum apoio e muito menos dinheiro.

- Está se sentindo melhor? - O homem entrou no quarto.

- Um pouco dolorido, mas sim.

- Menos mal então. Tome um banho para que eu possa passar a pomada. Tem alguma roupa?

- Tenho sim.

- Certo. Eu estarei na sala. - Ele saiu assim que terminou de falar.

Yejun pegou uma muda de roupa em sua mochila e foi para o banheiro. Estava encantado com seu tamanho e organização. Começou a pensar em como a casa era grande e chique. Apesar de morarem bem perto e próximos ao centro, a diferença de classe era evidente. Aquele era um prédio de luxo e a casa em que morava era pequena e estreita. Não era pobre, mas todo aquele luxo era surpreendente.

Depois de pensar um pouco sobre a casa, sua atenção foi voltada para o dono. Min Jae é um homem elegante e muito bonito apesar de não ser mais jovem. Não é realmente simpático e parece bem distante, o que deixou o garoto ainda mais intrigado quanto ao motivo de tê-lo ajudado, mesmo que tenha lhe dito que não era nada, algo deve ter despertado o lado cuidadoso do homem.

Alguns minutos depois Yejun estava sentado sem camisa ao lado do homem, que logo começou a passar a pomada gelada por suas costas. Na esperança de sentir-se menos envergonhado, o garoto começou a falar como de costume.

- Quantos anos tem?

- Quarenta e um.

- Nossa, é a idade da minha mãe. - O homem fez uma careta.

- Tem formas mais sutis de chamar alguém de velho.

- Não acho quarenta anos velho. Mesmo que tenha idade pra ser meu pai. E você nem parece ter essa idade.

- Quantos anos pareço ter?

- Trinta e cinco.

- Uma incrível diferença. - Yejun riu.

- Você mora sozinho nessa casa enorme?

- Moro.

- Nem um animalzinho?

- Não.

- Nossa... deve ser solitário. Mesmo com meus pais em uma casa pequena era solitário, imagino assim.

- Eu gosto de estar sozinho.

- Hum. Mas você não pode negar que às vezes é ruim.

- Não tenho certeza.

- Com o que trabalha? Deve ser algo chique.

- Tenho um restaurante. - Disse desanimado.

- Sério?! Qual o nome?

- Sunshine desire.

- Eu conheço! Fui lá a duas semanas, fica aqui perto, certo?

- Sim.

- A comida é muito boa. Você cozinha ou é só o dono?

- Não cozinho mais.

- Porque não?

- Peguei covid e perdi meu faro e paladar, então é desagradável.

- Eu sinto muito... - O garoto olhou para o homem melancólico.

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