Park Yejun, acabou de acordar, ele se sentou na cama e olhou em volta por um instante.
A noite anterior foi tão conturbada que não teve tempo de pensar e analisar as coisas com calma. Estava na casa de um desconhecido, que para sua sorte apenas cuidou e foi gentil com ele, pelo menos até aquele momento. Mas não é como se tivesse outro lugar para ir, não possuía nenhum apoio e muito menos dinheiro.
- Está se sentindo melhor? - O homem entrou no quarto.
- Um pouco dolorido, mas sim.
- Menos mal então. Tome um banho para que eu possa passar a pomada. Tem alguma roupa?
- Tenho sim.
- Certo. Eu estarei na sala. - Ele saiu assim que terminou de falar.
Yejun pegou uma muda de roupa em sua mochila e foi para o banheiro. Estava encantado com seu tamanho e organização. Começou a pensar em como a casa era grande e chique. Apesar de morarem bem perto e próximos ao centro, a diferença de classe era evidente. Aquele era um prédio de luxo e a casa em que morava era pequena e estreita. Não era pobre, mas todo aquele luxo era surpreendente.
Depois de pensar um pouco sobre a casa, sua atenção foi voltada para o dono. Min Jae é um homem elegante e muito bonito apesar de não ser mais jovem. Não é realmente simpático e parece bem distante, o que deixou o garoto ainda mais intrigado quanto ao motivo de tê-lo ajudado, mesmo que tenha lhe dito que não era nada, algo deve ter despertado o lado cuidadoso do homem.
Alguns minutos depois Yejun estava sentado sem camisa ao lado do homem, que logo começou a passar a pomada gelada por suas costas. Na esperança de sentir-se menos envergonhado, o garoto começou a falar como de costume.
- Quantos anos tem?
- Quarenta e um.
- Nossa, é a idade da minha mãe. - O homem fez uma careta.
- Tem formas mais sutis de chamar alguém de velho.
- Não acho quarenta anos velho. Mesmo que tenha idade pra ser meu pai. E você nem parece ter essa idade.
- Quantos anos pareço ter?
- Trinta e cinco.
- Uma incrível diferença. - Yejun riu.
- Você mora sozinho nessa casa enorme?
- Moro.
- Nem um animalzinho?
- Não.
- Nossa... deve ser solitário. Mesmo com meus pais em uma casa pequena era solitário, imagino assim.
- Eu gosto de estar sozinho.
- Hum. Mas você não pode negar que às vezes é ruim.
- Não tenho certeza.
- Com o que trabalha? Deve ser algo chique.
- Tenho um restaurante. - Disse desanimado.
- Sério?! Qual o nome?
- Sunshine desire.
- Eu conheço! Fui lá a duas semanas, fica aqui perto, certo?
- Sim.
- A comida é muito boa. Você cozinha ou é só o dono?
- Não cozinho mais.
- Porque não?
- Peguei covid e perdi meu faro e paladar, então é desagradável.
- Eu sinto muito... - O garoto olhou para o homem melancólico.
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Me ensine a amar
RomansaApós contrair covid um chef de cozinha perde a sensibilidade do paladar e olfato, fazendo com que sentisse toda sua paixão se esvair. Alguns anos depois o homem conhece um garoto que reacende uma chama dentro de si. Aos poucos essa chama caridosa se...