Hopeless.

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48 º Capítulo


Hey babes. Eu sei que demorei alguns dias, mas a minha motivação está mesmo muito em baixo. Desculpem por isso. A boa notícia é que as aulas já acabaram e eu quero ver se acabo a fic este verão e começo outra, por isso... Boa leitura. Espero que gostem.

 

Mergulhei até ao fundo da piscina e sentei-me lá. Olhei em volta observando o quanto calmo aquilo parecia. Sustive a respiração desafiando o meu corpo para ver quanto tempo aguentava. Talvez esta fosse uma boa maneira de morrer. Mas o líquido a tentar entrar nos meus pulmões indicava-me o contrário, por isso apenas fiz o que uma pessoa normal faria, e nadei até à superfície. Saí de lá de dentro e deitei-me na espreguiçadeira que continha a minha toalha. Tinha descoberto este sítio há pouco tempo. Parece que Harry tem uma piscina interior. Nem vale a pena dizer que quando eu descobri, quase tive um ataque. Eu adoro nadar. Já tinham passado exatamente 5 dias desde que batera na Amy, mas ver as feridas causadas por mim eram suficiente para me fazer sentir mal e bem ao mesmo tempo, o que me confundia profundamente. Mas enfim. Senti alguém deitar-se em cima de mim e sorri.


- Hey bebé. – Harry disse com uma voz fofa.


- Bebé? Não. – Rimos.


- Está bem. – Fez beicinho.


- Awww, tu és tão fofo. – Apertei-lhe as bochechas. Eu adorava as covinhas dele.


- Sou, não sou? – Questionou num tom convencido. Arqueei-lhe a sobrancelha. – Não respondas.


- Eu estava a brincar. És lindo, curly. – Acariciei-lhe a cara. – Muito mais do que imaginas.


- Quem me dera poder salvar-te. – Ele sussurrou enquanto me olhava nos olhos.


- Estás a fazê-lo. – Murmurei. Se eu não tivesse o apoio dele agora, eu sei que provavelmente eu iria tentar, vocês sabem, suicidar-me. Toda a gente que sabe que eu me corto pensa que eu o faço por causa de rapazes. Não é por causa disso. Eu não me corto por causa do Niall em si. Eu corto-me porque me apercebo que não sou boa o suficiente para ele. Eu corto-me porque cada vez que eu vou para a escola me sinto sozinha. Mesmo com os rapazes lá, parece que há sempre aqueles demónios na minha cabeça que sentem prazer ao deitar-me abaixo. Eu ouvi que era uma merda durante tantos anos que eu acho que comecei a acreditar nisso. E agora, mesmo que eles não me façam bullying (não só os rapazes mas também as outras pessoas que se divertiam com a minha dor), é como se eu o fizesse a mim mesma. Parece que eu passo a vida a relembrar-me a mim própria o quão patética sou. Todos ainda o pensam secretamente. A única diferença é que agora já não o dizem. Enfim.



- Queres dar um mergulho? – Harry levantou-se e pegou-me ao colo. Assenti e ele saltou para a piscina. Fechei os olhos com o impacto, agarrando-me ao seu pescoço. A água embrulhou-nos e quando estávamos debaixo de água abri os olhos. Os meus olhos conectaram-se com os de Harry e ele juntou as nossas testas enquanto sorria. Afastámo-nos e nadámos debaixo de água. Ele agarrou-me na mão, puxou-me para ele e fez-nos andar às voltas. Rimos enquanto o fazíamos o que fez com que se formassem bolhas na água que nos rodeava. Beijei a sua bochecha e os seus olhos brilharam. Fomos ao de cima para inalar oxigénio. Ele começou a fazer-me cócegas. Esperneei-me e apertei os seus braços com força. A minha mão passou pelo seu pescoço e as minhas mãos despenteavam o seu cabelo. Apercebi-me então que ele tinha parado com as cócegas e que estava de olhos fechados, quase como se o facto de eu estar a mexer nos seus cabelos fosse algo de outro mundo.

It's a secret! ShhhhOnde histórias criam vida. Descubra agora