—Sabe Nathalie, você então só é minha amiga porque sua mãe e Apolo te mandaram para me proteger? Isso me deixa chateada– a loira murmura enquanto mexia nas araras de roupas da loja.—Oque? Não!– a loira bufa – ok, no começo sim, mas por mais que você seja chata, eu gosto muito de você!
—A gosta?– sua sobrancelha se arqueia– então segura essas roupas para mim – joga o monte na garota, que revira os olhos.
—Você não precisa de mais roupas!
—Se eu estou comprando, é porquê eu preciso!
—Você só esta nervosa!
—Dinheiro foi feito para gastar Nathalie, acorda– se dirige para o caixa– não á maneira melhor de afogar meu nervoso doque fazendo compras.
—Aurora...
—Débito, por favor– diz para a atendente – eu estou ótima em saber que minha cabeça está em jogo, não se sabe quanto tempo ela ainda vai estar grudada em meu pescoço!– volta o assunto para a amiga.
—Você devia relaxar um pouco! Agora que fez dezoito anos, os deuses viram que você até agora não matou ninguém!– exclama, acompanhando a amiga para fora do lugar, segurando várias sacolas em seus braços– é impossível alguém ter tanto dinheiro como você!
—Deixe eu gastar o dinheiro do meu avô em paz, Nathalie!– reclama já olhando a vitrine de outra loja – eu não sei oque fazer da minha vida!
—Talvez, e quando eu digo talvez quero dizer com toda certeza, você deveria ir com seu pai! Treinar tudo que precisa!
—Até parece, ele teve a pachorra de dizer que quando eu quisesse vê-lo, devia eu mesma chamar! Ele quem devia vir me ver!
—Ele foi e você praticamente o expulsou!
Aurora parou no mesmo instante, se virando para a amiga com uma careta de dúvida. Como assim ela havia o expulsado? Depois daquela conversa, já fazia semanas que não via Apolo, como se ele tivesse aparecido apenas para dizer "Olá Aurora, sou seu pai que ficou sumido por anos, agora voltei para dizer que estou vivo e já vou embora novamente!"
—Eu não conversei com Apolo! Como posso ter o expulsado?
—Como não, Aurora!? Ele chegou todo amargurado na casa de minha mãe dizendo que você não queria vê-lo nem pintado de ouro!
—Quem disse isso!?
—Sua mãe!
Duas semanas atrás...
—Oque quer dessa vez, Apolo!?
—Não acho que seja burra o suficiente para não descobrir que vim ver Aurora– o deus responde enquanto tirava os óculos de sol do rosto – onde ela está?
—Aurora, não quer te ver, Apolo– Amélia cruza os braços – um dos únicos dias da vida dela que passou com você, chegou em casa chorando com medo de morrer, que tipo de pai você é!?
—Esqueces que ainda não lhe matei com essa dificuldade de controlar sua língua pela Aurora, Amélia– Apolo volta ao seu tom sério– agradeça muito a ela, ou já teria te transformado em cinzas.
—Acha que ela vai querer vê-lo me ameaçando dessa maneira?– a mulher sorri – até considerei que fosse uma boa ideia você ter voltado, mas quando vi minha filha chegar em casa e começar a chorar por medo de morrer, por algo que sua família maluca a quer morta, fez com que esse pensamento fosse para longe no mesmo instante!
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Eɴᴛʀᴇ ᴅᴇᴜsᴇs - O ʀᴇᴛᴏʀɴᴏ ᴅᴇ Gᴀɪᴀ.
Historical FictionUma única e rara filha de Apolo, o tão aclamado deus do sol. Tanto poder em mãos, capaz de destruir facilmente outros deuses, os dividindo entre achar que Aurora é ou não uma ameaça a suas existências.