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Ryder Blake

a olha em minha direção, parecendo assustada. Seus olhos se arregalaram, e ela parecia congelada. Eu não deveria ter ficado parado ali, mas não consegui reagir.

Depois de alguns segundos me encarando, ela vira-se e acelera seus passos em direção à sua casa. Decidi não segui-la, pelo menos não hoje.

Ela não deveria ter me visto, pelo menos não agora. Venho a observando há seis meses, e ela nunca pareceu desconfiar, pelo menos é o que eu acho. Talvez ela esteja começando a desconfiar agora.

Caminho pelas movimentadas ruas de Los Angeles até chegar a uma cafeteria. Entro e logo vejo uma mulher de cabelos ruivos e ondulados acenando discretamente para mim de trás do balcão, sussurrando um "bem-vindo" que não emite som.

Retribuo o aceno e escolho uma mesa vazia perto da janela. A mesma mulher que me cumprimentou do balcão se aproxima para tomar o meu pedido.

- Olá, senhor. O que gostaria de pedir? - Ela pergunta com um sorriso no rosto, parando ao lado da minha mesa.

- Bom dia. Gostaria apenas de um café preto sem açúcar, por favor. - Respondo de maneira simples.

- Só isso? Não deseja mais alguma coisa? - Ela diz, anotando o meu pedido em um caderno.

- Apenas isso.

- Simples e discreto. Interessante. - Ela me olha com um olhar sugestivo, mordendo o lábio inferior antes de se afastar da minha mesa para preparar o meu pedido.

Ela estava flertando comigo, mas não estou com cabeça para dar atenção a outra pessoa que não seja Maya.

- Aqui está. - A garçonete se aproxima de mim, com uma xícara de café na mão.

- Obrigado. - Digo, oferecendo um leve sorriso enquanto pego a xícara de café. Ela passa sua mão pela minha mão, com um toque delicado, e se afasta logo em seguida.

Relaxo na cadeira e tomo um gole do meu café. A mulher de cabelos ruivos não parava de me encarar. Ela é bonita, tem um belo rosto e um corpo bem definido, com curvas. Está usando uma calça jeans que realça suas formas.

Decido ignorá-la. Não seria má ideia ter companhia hoje à noite, mas toda vez que estou fudendo alguém, acabo lembrando de Maya. Aquele corpo perfeito, aqueles olhos castanhos marcantes... Só de pensar, eu fico louco.

Hoje de madrugada, eu estava à beira de beijá-la, mas não sei se ela sente o mesmo por mim. Não tem problema. Se ela não sente o mesmo, posso esperar o tempo que for para que ela perceba que sou a melhor escolha para ela neste momento, ou posso fazer com que ela aceite que sou a melhor opção e a única.

Acabei de beber meu café e coloquei a xícara sobre a mesa. Levantei-me e fui em direção ao caixa para pagar. A mesma mulher que estava me olhando segundos atrás veio me atender.

- Gostou do café? - Abriu um sorriso simpático.

- Gostei. - Retirei cinco dólares do meu bolso e entreguei a ela.

- Aqui está seu troco. - Ela me entregou uma nota de dois dólares, junto com um pequeno papel. Abri o papel e vi um número de telefone, com seu nome ao lado, "Jane".

- Interessante... - Digo, dando um leve sorriso, e ela retribui. Guardei o papel no bolso e saí logo da cafeteria.

Começo a correr até o meu apartamento. Entro, fechando a porta em seguida.

Pego meu computador que está no balcão da cozinha e uma lata de cerveja na geladeira. Sento-me no sofá, tirando meu moletom e ficando de calça jeans.

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