Lições De Um Amor Proibido

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Maya Abdala

Vai fazer uma semana que já estou me relacionando com Ryder. Está sendo simplesmente perfeito, ele é perfeito, me trata como uma princesa. Ninguém sabe que estamos juntos, e ninguém nunca irá saber. Provavelmente isso prejudicaria Ryder. Nem mesmo Nora sabe. Às vezes isso acaba sendo chato, temos que nos esconder sempre, mas a adrenalina é incrível. Teve um dia que eu estava passando o recreio na biblioteca. Ele simplesmente sentou ao meu lado na mesa, não muito perto, e começou a passar a mão pelas minhas coxas, perto da minha intimidade, por debaixo da mesa. A biblioteca estava consideravelmente cheia. Naquele momento, fiquei completamente chocada, sem reação, apenas o olhei e deixei escapar um grunhido. Ele só parou quando alguém foi pedir ajuda a ele. Foi uma experiência incrível, sentir-me um pouco mais próxima dele. Nunca avançamos para um próximo nível, mas eu estou disposta a fazer isso hoje.

Aproveitei que hoje era sábado, Antoine foi dormir na casa de um amigo, e passei a tarde inteira me arrumando. Cuidei do meu cabelo, fiz minha higiene íntima e pintei minhas unhas. Passei quase meia hora tentando achar uma lingerie bonita no meu armário. Não tenho muitas lingeries, não costumo comprar essas peças. As únicas que tenho são um total de três: uma preta, que já está bastante desgastada; uma vermelha, que é até bonita, mas ainda não é exatamente o que eu quero; e, por fim, uma branca, que, adivinhem, está rasgada. Quero realmente impressionar Ryder, mas com esses pedaços de pano, vai ser praticamente impossível.

Então, recorri à única pessoa que poderia me ajudar, que claramente é Nora. E aqui estou eu, sentada em sua cama, encarando-a, ouvindo-a falar sobre como seduzir um cara com lingerie. Ela está me tratando como se eu fosse virgem. Essa garota com certeza não está bem da cabeça.

— Então, se você quiser que ele fique com tesão, deve usar esta aqui. — Volto a prestar atenção nela, enquanto aponta para uma lingerie preta com alguns detalhes brilhantes. — Bom, é claro que eu não sei como ele é. Vai que ele goste de uma pegada mais BDSM. — Dá de ombros e joga a peça na cama, ao meu lado.

Não disse à Nora com quem eu iria me encontrar. Apenas mencionei que era um cara qualquer e mostrei a foto de um homem que encontrei na internet. Ela acreditou completamente nisso. Às vezes, duvido da capacidade mental da minha amiga.

— Ok, Nora, adorei sua aula sobre como conquistar homens. Mas você está me tratando como se eu fosse uma virjola.

— Mas você não é? — A porta do quarto de Nora se abre, e eu vejo a última pessoa que eu queria ver neste momento, Mason. Sério que ele está me chamando de virgem? Como eu odeio esse cara.

— Garoto, o que você está fazendo aqui? — Nora pergunta enfurecida, colocando as mãos no quadril.

— Calma, calma. Paz e amor, irmãzita. Só vim pegar meu carregador. — Se aproxima de mim e estende a mão para pegar o carregador, que estava ao meu lado. Ele se inclina, e seus olhos focam diretamente nos meus, sem desviar por um segundo.

— Dá pra você ir logo, Mason Collins. — Nora fala, batendo os pés no chão, impaciente.

Mason se afasta de mim e vai em direção à porta sem dizer uma palavra. Quando ele chega à porta, ele se vira e diz:

— Tchau, virjola. — Diz para mim, com um olhar divertido.

— Tchau, comedor de professoras. — Entro em sua brincadeira e dou um sorriso ácido. Ele apenas fecha a cara e bate a porta com força.