Maya Abdala
— Sério, aquele dia foi muito engraçado. A sua cara foi impagável. — Dou uma risada.
— Ok, eu confesso, aquele dia foi engraçado. — Ryder sorri, fazendo um gesto de rendimento.
Estar com Ryder é muito legal. Parece que todos os meus problemas evaporam quando estou com ele, é até estranho. Não paro de pensar que quase o beijei algumas horas atrás; ainda bem que me afastei rapidamente. Parece que toda vez que abrimos a boca, surge uma química no ar. Isso é estranho pra cacete. Mas ele parece não se incomodar com isso, e quem sou eu para me incomodar também.
— Maya? — Ouço Ryder me chamando. — Acho que já está na hora de irmos, né? Já está um pouco tarde demais. — Ele se levanta e estende a mão para me ajudar a levantar. Eu seguro sua mão, e ele faz um movimento rápido, deixando-me de pé.
— Deixa que eu fico para arrumar as coisas aqui, Ryder.
— Não precisa, eu te convidei. É mais do que minha obrigação organizar tudo. Entre no carro e me espere lá. — Ele responde, abaixando-se para pegar as coisas.
Eu vou até a porta do passageiro e a abro. Fico parada do lado de fora, com metade do meu corpo dentro do carro, procurando minha bolsa que tinha deixado no banco de trás. Quando a encontro, pego meu celular e confiro as horas, são dez e quarenta e cinco.
— Nossa, como o tempo passa rápido. — Digo a mim mesma, verificando se a senhora Johnson me enviou alguma mensagem.
Sinto algo atrás de mim e, imediatamente, olho por cima do ombro. É Ryder, ele está parado logo atrás de mim, a poucos metros de distância, me observando.
— Às vezes eu acho que você gosta de me assustar. — Viro-me para encará-lo.
— Por que acha isso, Maya Abdala? — Ele pergunta com um sorriso de canto. Quando ele fala meu nome inteiro, estremeço. Ele já havia dito meu nome completo algumas vezes, mas nada se compara à situação atual. Só nós dois, sem ninguém por perto, a luz da lua sobre nós, e…
— Hã, não sei. É que você tem esse jeito durão, e bem... Talvez isso me dê medo. — Respondo com um sorriso meio desconfortável. Só quero sair dessa situação constrangedora. Ele apenas ri, e acho que foi mais uma risada de deboche, não consigo identificar, abre a porta de trás ao meu lado, colocando algumas sacolas com lixo e outras com sobras de comida.
Sento-me no banco do passageiro, esperando Ryder entrar no banco do motorista. Coloco as mãos sobre minha coxa e começo a batucar os dedos nela. Escuto a porta se abrir, e olho para o lado. Ryder entra, coloca o cinto e dá partida no carro.
Há um silêncio pairando no carro. Não é um silêncio constrangedor, mas sim, um silêncio confortável, onde ambos não se sentem na obrigação de falar algo só para manter o clima agradável. Na verdade, o clima fica bem agradável quando estamos apenas em silêncio, curtindo o momento.
— Então, Maya, quer ir para mais algum lugar? — Ryder pergunta, olhando para mim de relance.
— Acho melhor não. — Falo olhando-o. E como sempre me arrependo de ter falado alguma besteira. — Espera, não me entenda mal. Não quero parecer mal agradecida. Só acho que está meio tarde para irmos a algum lugar, sabe? Desculpa se eu pareci mal agradecida. Desculpa mesmo. Na verdade, foi uma das melhores noites da minha vida...
— Ei! Calma, não precisa se desculpar por tudo — Ryder me interrompe. — Você não pareceu mal agradecida, nunca que eu pensaria isso de você. Fico feliz que tenha gostado da noite. — Diz, com uma voz reconfortante, alisando meus ombros.
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Lições De Um Amor Proibido
Fanfiction🚫❌DARK ROMANCE ❌🚫 Maya Abdala, uma adolescente de dezoito anos, que acaba de se envolver com seu professor para fugir dos problemas da vida. Ela se acha louca por gostar de ter um relacionamento com ele, ela se acha louca por achar que esse sentim...