𝐛𝐚𝐩𝐭𝐢𝐬𝐦 𝐛𝐲 𝐟𝐢𝐫𝐞; peaky blinders ✓

･ ｡ﾟ°• ♔ •°─── epílogo. Sangue e Água

┏◦♔◦━━━━◦✞◦━━━━◦♛◦┓

EPÍLOGO:
Criador, Destruidor

┗◦♛◦━━━━◦✞◦━━━━◦♔◦┛

"Porque, visto que a morte veio por meio de um homem, a ressurreição dos mortos também vem por meio de um homem.” — 1 Coríntios 15:21

∘₊✧──────✧₊∘

Numa cidade chamada Birmingham, onde a fumaça pairava no céu como nuvens, Tommy Shelby construiu seu reino, tijolo por tijolo. Ao contrário da crença popular, ele não era um homem totalmente egoísta: fez isso pela sua família. Ele fez isso por seus homens. Ele fez isso por seu— seu alguma coisa dele, certamente. Esposa? Noiva? Sua Beatrice, que todos os dias se sentava na grande cadeira de seu escritório como se fosse um trono. Embora Tommy não conseguisse limpar o céu para ela, ele certamente chegou perto: as crianças brincavam nas ruas como se todos os dias estivessem ensolarados, e não havia brigas de bêbados com os Peaky Blinders, exceto as brigas ocasionais entre irmãos, sempre amenizadas por uma briga. copo de gim da empresa.

Tommy Shelby não fazia milagres, mas isso não significava que os milagres não acontecessem. Numa terça-feira de outubro, enquanto Trixie lia no jornal sobre as revoltas no país de sua mãe e esperava que os mensageiros entregassem o dinheiro dos trilhos ao escritório, um homem vestido de preto perambulava pelas ruas de sua cidade natal. O pequeno Finn Shelby apontou para ele quando ele passou – uma cicatriz irregular marcava seu rosto, deixando um olho inútil e seu nariz torto. Afixados no toco onde antes estivera seu cotovelo havia um braço de madeira e um gancho.

Ele assustou as crianças por quem passou. Eles cresceram vendo as cicatrizes da guerra cicatrizarem, mas nunca tinham visto nada tão ruim: um homem que acabara de visitar seu próprio túmulo vazio, cuja mãe chorou e gritou ao vê-lo à sua porta. Embora conhecessem com carinho a linguagem das bebidas alcoólicas falada na língua dos pais e dos irmãos, não encontravam com frequência os homens cujas cicatrizes não pudessem ser cobertas de uma forma ou de outra — com roupas, ópio ou prostitutas no bordel.

Ah, ele deveria ter pensado melhor antes de caminhar por esta parte da cidade em plena luz do dia. A cidade havia mudado, e ele também — o homem agora apreciava o sabor dos seus charutos, saboreava o amargor da comida cozida, sentia dor a cada passo. Nem mesmo o tapete macio dos escritórios da Shelby Company poderia evitar isso — embora ele achasse o vermelho invejavelmente luxuoso. À mesa estava sentada uma mulher alta e magra, com um nariz bonito e comprido e cabelo castanho curto. Lizzie Stark: Secretária, dizia sua placa de identificação.

"Senhorita Stark?" ele cumprimentou. .

Ela desviou o olhar da página em sua máquina de escrever, embora seus dedos continuassem se movendo rapidamente pelas teclas. "Você tem um compromisso?"

“Não”, disse o homem de preto, mais gentil do que se esperava de um rosto com aquelas cicatrizes. “Mas estou procurando alguém. Há alguma Beatrice Price aqui?"

A Sra. Stark deu uma risada, seus dedos ainda digitando. "Há uma Beatrice Shelby aqui, senhor, mas nenhuma Beatrice Price."

Shelby? pensou o homem. Certamente isso foi um erro. "Você poderia dizer a ela que preciso vê-la?"

"Depende de quem está perguntando", respondeu a Sra. Stark. "A Sra. Shelby é uma mulher muito ocupada."

O homem pigarreou e pronunciou o nome que lera na lápide, menos de uma hora antes. "Luca", disse ele, com voz de mel. "Luca DeSilvio. Diga a ela... apenas diga a ela que finalmente voltei para casa para me casar com ela."

Sra. Stark arqueou uma sobrancelha e apontou para trás do ombro de Luca. "Diga a ela você mesmo."

Ele virou. Um suspiro pareceu sugar o ar da sala. A xícara de chá favorita de Tommy Shelby, transmitida pela mãe de Martha Shelby e pela mãe dela antes dela, caiu no chão e se espatifou.

FIM DO LIVRO UM

∘₊✧──────✧₊∘