09 - A noite que mudou tudo

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‒ Por que essa cara de surpresa? Peguei tão pesado com você pra querer ser atropelada?

‒ Tô me sentindo um pouco tonta ‒ Disse colocando a mão na nuca ‒ O que ainda faz por aqui? Pensei que tivesse ido embora.

‒ Bom, eu estava conversando com a Ji-hye. Assim que terminei voltei direto pra cá, ver se os meus amigos tinham ido embora, mas enfim acho que já, porque não tô vendo mais eles no restaurante. Ei, você está... bem? Dá pra sentir cheiro de álcool daqui.

‒ Sim, estou bem! Tá cega?!

‒ Tem razão, tá na cara que não, mal consegue se manter de pé. Vem, vou segurar você. Espera aí deixa eu só... não, isso tá errado, garota tem que cooperar comigo se não vai dar errado. Desse jeito nós duas vamos cair ‒ Min-jin ajudava ela com uma certa dificuldade.

‒ Sua idiota! Está me machucando desse jeito, pelo visto nada você faz direito mesmo né. Me solta vai! ‒ Puxou seu braço com tanta força que quase caía pra trás.

‒ Só estou tentando te ajudar, sua ingrata mal agradecida. Esses atletas acham que podem falar assim comigo. Aish! ‒ Min-jin sentiu pena ao vê-la naquele estado ‒ Ei, já pensou em como vai voltar casa gênia?

‒ Posso ir de táxi ué, o que mais? Voando é que não ia né.

‒ Cê tá louca? Nem fudendo que vai de táxi, é muito perigoso, ainda mais com você assim.

‒ Aish! Só quero ir pra minha casinha, no meu quartinho, deitada na minha caminha confortável e com o meu cobertor super quentinho. Me deixa sozinha tá!

‒ É inacreditável, você é mesmo inacreditável! Se eu banco de idiota reclama, agora eu tô tentando ser legal pelo menos uma vez na vida, vê se dá um desconto né! ‒ Min-jin tinha esquecido que a mais alta estava sem condições de se defender contra os seus argumentos no momento ‒ Ah é, verdade esqueci que está bêbeda, nada do que eu disser dúvido que lembre depois.

‒ Sabia que eu estou apaixonada? Mas shiiu, não conta pra ninguém que te disse isso. Hi! hi! hi! hi! ‒ Do nada Ha-ri soltava essa bomba pra cima da mais baixa que ficou confusa.

‒ Tá é? ‒ Logo a curiosidade de Min-jin se fez presente ‒ Assim, eu posso saber quem é? Tipo, me dá só uma pista ‒ A mais alta continuou calada, estava muito sonolenta para respondê-la.

‒ Começa com a Letra M. Pronto, falei.

‒ Eu sabia, é o Min-jae? ‒ Nenhuma resposta ‒ Ok Min-jin, quer saber demais, nem me importo mesmo ‒ Porém isso era difícil, já que Ha-ri não estava bem naquele momento, em algum lugar dentro de Min-jin fazia com que ela se importasse de alguma forma ‒ Pensa que vou deixar você ir sozinha, pois está enganada.

‒ Não preciso que finja! Sei que na verdade pra você pouco importa as minhas condições. Então me solte!

‒ Que garota teimosa. Pois eu estou foda-se pro que pensa, agora não é hora de bancar a orgulhosa. Fica quietinha aí! Vou chamar o meu motorista pra pegar a gente e irmos pra sua casa, irei me certificar de que chegou bem, vai ser melhor.

[...] Alô, Dong! Poderia me buscar aqui no restaurante? Isso, naquele mesmo lugar. Ok, mas vem rápido!

Dong havia chegado mais rápido do que o flash, enfim Min-jin levou a mais alta até o carro com dificuldades, entraram no carro e seguiram viagem. Ha-ri havia encostado sua cabeça em seu ombro, Min-jin olhou e ela estava dormindo tranquilamente, dava até pena de acorda-la depois.

‒ Ha-ri? ‒ Começou a cutucá-la.

‒ Ahm... o que foi?

Assim, Ha-ri se afastou do ombro de Min-jin, ela a olhava com os seus olhos voltados para os dela e junto veio acompanhado o cheiro de perfume doce e leve, que novamente chamou a atenção de Min-jin, "Além de perfeita e maravilhosa, também é muito cheirosa!" Pensou. Aquele leve aroma fazia a Min-jin se perder em seus pensamentos, viajando pelo um vasto mar de flores perfumadas, ela mal percebia que estava se aproximando, estando prestes a beija-la.

Um amor reprimido ✰Aʟʟ Oғ Us Aʀᴇ Dᴇᴀᴅ✰Onde histórias criam vida. Descubra agora