10- A Última Jogada

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Jang Ha-Ri

Sabe esses dias que você acorda e pressente que tudo vai desmoronar em sua cabeça e parece que nada vai dá certo. Então, esse dia é hoje, sem contar o fato de ontem eu ter bebido demais e acordar com uma certa ressaca. Escutei meu celular vibrar, era mensagem do Min-jae.

[Mensagem On]

Min-Jae: Já tá acordada?

Eu: Tô sim.

Min-Jae: Ótimo! Quer eu pare aí pra gente ir juntos?

Eu: Pode ser, vou me arrumar. Até mais.

[Mensagem Off]

Horas depois...

‒ Mi-jin? ‒ Chamei ela.

‒ Oi! Olha, só pra avisar que não estou com muita paciência hoje, então se for pra falar fala logo.

‒ Sobre ontem a noite quando eu estava... bom, você sabe. Min-jae me contou que você me levou até a minha casa, que cuidou de mim, ele praticamente contou tudo.

‒ Só fiz o que tinha que fazer.

‒ É, isso foi muito legal da sua parte.

‒ Olha, não pense que só por isso me importo com você.

‒ Isso significa que se importa e pra ser sincera de você espero tudo, menos querer me ajudar.

‒ Tanto faz garota, pode pensar o que quiser, se quer se iludir com isso problema é seu.

‒ Bom, eu me lembro de algumas coisas ontem. Você lembra de alguma coisa?

‒ Não, não lembro de nada de importante que aconteceu ontem! Agora deixa eu ir, a aula já vai começar.

‒ Jang Ha-ri cadê você? Anda menina o que está fazendo aí, tava te procurando, vamos o ônibus está quase pra sair e só falta você! Ou quer que eu te substitua? ‒ Gritou o treinador se estendia pelo corredor. Olho para Min-jin, que continuava a ficar calada. Imaginei que ela não quisesse mais falar comigo, me pergunto o que tinha acontecido ontem pra ela ficar tão estranha. Assim, fui embora.

Hoje é o tão esperado final das regionais e lá estava eu no ônibus escutando o discurso do treinador de como a gente é um time forte com grande potencial, enquanto minha mente estava em outro lugar. Pensei no meu momento de fragilidade, não quero nem imaginar quanto mico que tive que passar na frente da Mi-jin. Alguma coisa deve ter acontecido, só não consigo lembrar. Meu Pai Amado, espero que não seja algo tão surpreendente assim.

‒ Ha-ri, está preocupada com alguma coisa? ‒ Perguntou Min-jae que estava do meu lado ‒ Se quiser, pode me falar tá.

‒ Sim, sim é isso mesmo ‒ Digo sem entender do que se tratava. Eu estava olhando a estrada pela janela, distraída lembrando do restaurante, do meu quase acidente, da Mi-jin me puxando pra não ser atropelada, dos míseros segundos que fiquei pela primeira vez tão perto dela, isso é uma das coisas que é impossível não esquecer, uma das coisas pela qual eu lembrava.

‒ Ha-ri, Ha-ri acorda.

‒ Ah, oi!

‒ Tava pensando nela, não é? Na Mi-jin. ‒ Um sorrisinho brotava no seu rosto.

‒ O que? Ah, sim. Não! O que? Não ‒ Na verdade eu pensava em várias coisas ao mesmo tempo ‒ Eu estava pensando nos meus pais ‒ O que não deixa se ser mentira. Assim, um olhar triste logo começou a ganhar vida, agora eu estava olhando pra ele.

Ontem eu liguei para os meus pais perguntando se eles iriam comparecer nas regionais, a resposta deles foi, "Com certeza" confesso que não fiquei muito animada com isso, porém não custa nada ao menos tentar depositar fé neles né.

Um amor reprimido ✰Aʟʟ Oғ Us Aʀᴇ Dᴇᴀᴅ✰Onde histórias criam vida. Descubra agora