III

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Eles não se beijaram apenas uma vez naquela noite e nem na próxima.

E Satoru não dormiu, o ao menos não conseguiu, com milhares de pensamentos rondando sua mente.

A origem do poder dela o deixava louco, ele estava tentando entender o porquê alguém com tanto poder assim existiria, afinal um herdeiro das técnicas do clã Laozi nunca nasceu em uma era com feiticeiros igualmente poderosos, ou alguma época de guerras e conflitos, sempre nasceram em tempos pacíficos, assim como prega o próprio clã. Ou seja, um herdeiro dos seis olhos e das dez sombras nunca chegou á estar presente em uma era com alguém como ela.

As escadas da escola o faziam refletir ainda mais, ele sempre reclamava dos degraus, agora estava quieto, Geto o olhava por cima do ombro, ele estudava o semblante cansado do melhor amigo, envolto em pensamentos.

— Bom, nós chegamos, estão seguras agora, a barreira da escola chega aqui. — Geto declara assim que chegam ao topo da escadaria. Seina suspira, mas não era de alívio.

— Cansada? Eles não treinam resistência em Kyoto? — Gojo a provoca, talvez ele só quisesse a fazer falar.

— Não é nada disso, minha missão acaba aqui. — O rosto vazio de Satoru iria formar alguma expressão se, seu corpo não tivesse sido atravessado por uma lâmina.

Uma parte do sangue que agora escorria pela lâmina tinha respingado no rosto da feiticeira, sua pele pálida contrastou com o tom de vermelho vivo, os olhos do todos se arregalaram em pânico. Gojo não pareceu se importar com o fato da arma atravessar o seu corpo.

— E ai cara, por acaso a gente se conhece? — Ele olhou por cima do ombro e viu um homem de cabelos negros e uma cicatriz na boca, com um físico de chamar atenção por onde passa.

— Não tenho a menor ideia, sou péssimo pra lembrar nome de macho. — Antes de qualquer outra ação ele olhou ao redor, parecia repassar um plano em sua mente, ele havia enfraquecido Satoru.

Em um movimento rápido todos se botaram a postos para lutar, Gojo mandou Toji pelos ares e Geto invocou uma maldição para engoli-lo, Satoru cai sobre os joelhos por um momento, Seina e Suguru se olhavam preocupados, mas Satoru levantou o mão em um gesto de "estou bem".

— Tô tranquilo, não ativei minha técnica a tempo, mas eu poupei maiores danos — Ele tranquilizou os dois. - Foi como passar um alfinete por uma blusa de tricô, então tá de boa. Eu cuido dele priorizem a Amanai e a levem até o mestre Tengen.

— Vê se toma cuidado! — Geto desejou ao melhor amigo, ele sabia que ele era forte, mais Satoru nunca foi atingido dessa maneira na sua frente. — Vamos!

Geto expressou sua preocupação, e Satoru se preparou para enfrentar Toji. Enquanto isso, Seina e Suguru se afastaram, focados em proteger Amanai e entregar a missão com sucesso. A luta estava começando a começar, e as consequências seriam sérias.

Seina correu ao lado de Geto até certo ponto, mas algo a fez parar e voltar atrás. A determinação em seus olhos era inegável. Ela não poderia deixar Satoru lutar sozinho, não importava o poder que ele tivesse. Antes de voltar para ajudar Gojo, Seina se mudou de Geto, que ainda estava na retaguarda. Seus olhos mostravam a determinação que ela sentia.

— Geto, eu tenho que voltar. Não posso deixar Satoru lutar sozinho contra essa ameaça. Ele é forte, mas nunca lidou com algo assim antes.

Geto assentiu, compreendendo as preocupações dela.

— Seina, tome cuidado. aquele cara me passou uma energia muito bizarra, é um inimigo formidável, e não sabemos o que ele é capaz de fazer. Proteja Satoru, mas não baixe a guarda. Ele é perigoso.

!JJK¡ BACK - Satoru Gojo.Onde histórias criam vida. Descubra agora