Capítulo 03

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Os dias que se seguiram foram tão calmos e monótonos que quase parecia um prenúncio do problema que viria a seguir

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Os dias que se seguiram foram tão calmos e monótonos que quase parecia um prenúncio do problema que viria a seguir. Como a calmaria antes da tempestade.

Havia uma certa tensão no ambiente entre os meninos, como uma força sutil que ia os sufocando lentamente, e eles sabiam disso, mas pareciam temer tocar no assunto, como se numa simples conversa tudo pudesse ruir novamente.

Pov de Evan

Hoje parecia um daqueles dias em que tudo estava especialmente determinado a me foder.

Quando eu levantei pisei numa chupeta de plástico que não sei nem como caralhos ela foi parar ali, fui tomar banho e a desgraça do registro não ficava no quente de jeito nenhum, quando eu tava indo pra escola apareceu um cachorro enviado de satanás que me derrubou e eu ralei o joelho.

E como se tudo isso não bastasse, uns merdinhas vieram brigar comigo no intervalo.

-E aí seu bosta. Você parece acabado hein, tá cansado de dar esse teu rabo pros velhos igual a tua mãe?- falou de forma maliciosa o otário que eu não sabia nem o nome, fazendo os amiguinhos dele rir.

-Que isso cara, esse rancor todo é só porque eu não deixei você me comer?
Foi mal se feri teu ego, mas até eu tenho preferências.- Disse falsamente complacente num sutil tom de deboche, fazendo os caras rirem ainda mais, e o otário ficar constrangido.

-Parece que eu vou ter que te ensinar bons modos, já que sua mãe tava ocupada de mais pra te educar.- falou vindo pra cima de mim.

Ele veio com o braço erguido tentando me bater, estávamos num corredor com janelas perto das escadas e como era intervalo um monte de curioso veio pra ver a briga.

Quando o punho dele chegou perto de mim eu peguei o pulso dele e puxei pra baixo fazendo ele se desestabilizar  pra agarrar o cabelo dele com força e começar a bater a cara dele na janela, eu fui batendo e vi cada vez mais sangue sair do rosto dele enquanto ele chorava pedindo pra parar, o pessoal que veio assistir ficaram em estado de choque, ninguém falavs nada só viam a cena como meros espectadores.
Eu bati nele até a face virar uma bagunça vermelha e branca, e não parei nem quando quebrei o nariz dele, ouvindo ele gritar num tom tão agudo que doeu meus ouvidos.

Só parei de bater a cabeça dele na janela quando o diretor veio apartar a briga com os professores.

Eu obviamente fui mandado pra diretoria enquanto chamavam uma ambulância pro Matias, o garoto que eu espanquei.

Sentei na cadeira de couro marrom vendo o velho grisalho com duas entradas enormes na cabeça gritar igual um manifestante em uma greve. O diretor parecia um sapo cuspindo enquanto gritava irritado.

- O que vocês jovens tem na cabeça? Qual o seu problema? Que tipo de maluco esfola a cara de um colega na parede. Na verdade, eu não quero nem saber, vou chamar seus pais pra conversar agora.-

O problemático (bxb)Onde histórias criam vida. Descubra agora