Capítulo 23- Fuyōna e Yuno

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Andando a frente do fogo eu guio os perdidos até a vila do chá, cada passo sentindo a liberdade deles.

Sinto cada emoção, o alivio que emana de seus corações transbordam as faíscas de suas vidas que o mal desse mundo não foi capaz de apagar.

Deixo que as chamas queimem os terrores daqueles que seguem meu caminho junto a mim.

Deixo que as brasas desse mesmo fogo guiem meus pés, a dor que passo é para guiar aqueles que me seguem com a fé da vida.

Deixo que permaneçam as cinzas destas chamas ao chão para lembra-los de que o passado não desaparece, mas sim vive em suas memórias e os tornam mais fortes.

O caminho que guio é o caminho da esperança, o caminho que mostro é o caminho que os levará a ter uma chance.

Cabe a eles agarrarem.

Caminhando entre as árvores sou seguida por aquelas pessoas com confiança. Estamos no País do Chá, fronteira com konoha, a vegetação é única e inconfundível.

O País do Chá é um pequeno país localizado perto do País do Fogo. A principal razão para ele ser chamado de País do Chá são por suas casas de chá, que surpresa, não ?

O País do Chá, ao que parece, é formado por planaltos, florestas e campos abertos, como o próprio nome do país já diz, a principal atividade deste país é a produção e fabricação de chá. Li apenas sobre uma cidade, a cidade que tem o poder econômico e político dividido em duas famílias, as famílias Wasabi e Wagarashi.

Antigamente a disputa pela liderança na cidade era resolvida na base da guerra, mas a fim de evitar massacres foi resolvido, de acordo e proposto pelo Daymio, que a cada período de tempo uma corrida iria decidir à família que exerceria o poder por tal período de tempo. Não há muitas regras estabelecidas para a corrida, a não ser aquela em que deve-se ter apenas um corredor por família, a falta de regras possibilita a contratação de ninjas para a escolta dos corredores e também para impedir que o corredor da família adversária termine ou ganhe a prova.

O percurso da corrida tem como ponto de partida o Porto de Degarashi no País do Chá, os corredores abandonam o seu país e atravessam de barco até chegar a ilha de Nagi, mais precisamente no Templo de Modoroki, aonde devem pegar uma espécie de bola de cristal, bola essa que os corredores devem levar até outra ilha, a ilha de O'uzu, no Tempo Todoroki, quem chegar primeiro e com a bola de cristal intacta ganhara a liderança da cidade.

Tenho por minhas observações que estou quase no início dessa cidade, tudo o que tenho que fazer é levar essas pessoas para lá. Depois disso deve levar apenas uns dois dias até konoha, mais fácil impossível.

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- Muito obrigada, você salvou nossas vidas || Pela sexta vez desde que saímos alguém me agradeçe se curvando profundamente, isso me deixa constrangida, não há necessidade de tal ato.

A menina em minha frente parece muito frágil também, ela é pequena e fofa, me lembrando um gato. Seus cabelos escorrem pelos ombros emoldurando delicadamente olhos de cor canela e por algum motivo sinto uma pontada de preocupação.

- Você está com algum responsável ? || Com um pulo de surpresa a garota arregala os olhos, sua postura fica rígida, mas seu semblante transmite melancolia.

- Hun, bem, meus pais são da vila Oculta da Nuvem, então acho que...não ? || Insegura a garota segura a manga do seu vestido encardido.

- Qual o seu nome garota ? || Não sei se pareci grossa mas a garota parecia bem cautelosa. Minha cara de poucos amigos nunca foi recebida bem por crianças, merda, acho que nem os adultos gostavam muito.

RyōsokuOnde histórias criam vida. Descubra agora