Inesquecível

Capítulo 17

Josh

Estou começando a achar que virei dependente de mulher ou melhor dizendo...

Dependente da Davinna.

Não é possível que eu viva pensando nessa mulher quase que vinte e quatro horas por dia, eu a vejo todo fim de semana e nem assim fico satisfeito.

Seria abstinência? Talvez seja pois a última vez que transamos foi em Roma e ela sempre foge quando tento algo.

Por quê? Eu não sei, mas se fosse antigamente eu já teria deixado ela e estaria com outra.

O problema é que eu não quero e com isso voltamos a minha tese de que tem algo muito errado comigo.

Eu deveria ir ao médico, conversar com um psicólogo quem sabe fazer uma terapia.

Ando pela sala tentando pensar e paro quando lembro uma coisa.

Isso deve ter algo a ver com a mamãe, depois que o Dylan se casou com a Lara ela resolveu querer que todos os filhos tomassem o mesmo rumo.

Ah mas não vai acontecer, não com Josh Bexter!

O toque do celular me chama a atenção e atendo sem nem mesmo ver de quem se trata.

- Alô?

- Esta ocupado?

A voz de Patrick soa do outro lado

- Sempre.

- Ah sim, acredito.

- Fala logo o que você quer.

- Que impaciência! Tenha cuidado ou vai acabar como o Dylan.

- Patrick!

- Eu liguei pra te chamar para jogar comigo.

- Jogar?

- É cara. Jogar um pouco de tênis aqui no clube, só tenho que ir a boate a noite então tenho a tarde livre.

- Você tem o dia inteiro livre Patrick, é o dono da boate, seu trabalho é só manter a casa de pé e em ordem.

- Manter aquilo de pé e em ordem dá muito trabalho.

- É fichinha.

Ele acha que dá trabalho? Só ganhar grana, curtir e beber todas as noites...é o melhor trabalho do mundo.

- Vai vir me encontrar no clube ou não?

- Estou no trabalho.

- Eu sei, mas são quase quatro da tarde Josh o horário do expediente está pra terminar você só vai sair um pouco antes.

É. Vendo por este lado ele tem razão.

- Te encontro no clube daqui a pouco.

- Maravilha! Nos vemos.

Encerro a ligação já pensando em cair fora antes que Celeste apareça aqui a mando do Dylan.

Aquela traíra parece que está mais do lado dele do que do meu.

Mais tarde Patrick e eu já estávamos na quadra jogando com uma pequena plateia assistindo a partida.

Lembro quando meu pai trazia eu e o Dylan pra jogar tênis quando crianças,  acho que por isso que nós gostamos até hoje.

- Sabe que não vou deixar você vencer certo? Tenho uma reputação a zelar.

Ele grita do outro lado da quadra enquanto atirava a bola pra mim.