O quarto de Lee Minho era exatamente como ele. As paredes tinham a cor azul celeste, um tapete azul, também havia uma cama, um guarda roupa branco, uma pequena mesinha com um notebook em cima, e uma cadeira gamer. Era um cômodo pequeno, com apenas quatro paredes e uma janela, mas era o suficiente para um adolescente.
– Nenhum poster sobre gangster e nenhuma arma aparente, os alunos iriam ficar desapontados com esse quarto – Jisung brincou, entrando de forma acanhada dentro do cômodo tão pessoal do mais velho. – Minho, você pode me responder uma pergunta?
Minho soltou uma risadinha, jogando a própria mochila entre a parede e a cama. O alfa arregaçou as mangas da camisa social branca, e começou a andar em direção ao guarda roupa.
– Não esquece o boato de eu fumar baseado, e usar crack nas sextas – A risadinha fofa de Jisung preencheu o cômodo, o ômega já tinha se sentando em cima da cama do alfa, e parecia estar muito confortável ali. – Claro, pode perguntar, você quer uma roupa emprestada? Esse uniforme pode ser bem desconfortável.
Jisung cruzou as pernas grossas, e foi muito difícil para o Lee, não olhar para as coxas que estavam expostas.
– Sim, por favor, eu odeio essa saia feiosa e desconfortável – Jisung soltou uma risadinha, fazendo Minho acompanhá-lo. – Há quantos anos você vive aqui na Coreia?
Minho soltou uma risada, ele tinha demorado mais tempo que o comum para escolher uma roupa para si, e achar peças menores que servissem no ômega.
– Desde que eu nasci, tecnicamente – Minho deu um sorriso meigo para o mais novo. Jisung sentiu o sangue correndo para o rosto, e suas bochechas ficando rosadas. – Eu sou coreano.
O ômega tossiu um pouquinho, se assustando com a informação.
– Você é coreano?! Então, por que...
– Eu sou coreano, porque nasci aqui – O alfa respondeu antes mesmo do ômega terminar a frase direito. – Mas fui criado com costumes chineses.
Jisung arregalou os olhinhos puxados,tentando compreender as revelações do mais velho.
– Se você é coreano, por que...
– As pessoas são nojentas comigo? – O alfa deu um sorriso irônico. – Porque os meus pai alfa é chinês, e a sociedade coreana é preconceituosa para caralho.
Jisung arregalou ainda mais os olhinhos, ao ouvir o xingamento. Minho sempre se tornava educado e calmo, e nunca se exaltava com nada.
– Desculpe, eu não..
– A culpa não é sua, Sunggie – O apelido deslizou pela boca do mais velho, desta vez, foi a vez do alfa corar, e se sentir tímido. – H-hm, e-eu vou trocar de ..Fúzhuāng.
Jisung observou de olhos arregalados a muda de roupa ser deixada em seu colo, e Minho correr para o corredor, como se tivesse visto um bicho nojento.
Como Mark ainda não tinha chamado os colegiais para o almoço, Minho decidiu adiantar alguma parte do trabalho, escolhendo alguns desenhos para se basear, e começar a criar.
O tema do trabalho era pássaros, desenhar as aves que faziam os alunos lembrarem de sentimento.
– Isso é um urubu? – Minho praticamente pulou na cadeira confortável. O mestiço tinha se assustado ao escutar a voz do ômega tão próxima do ouvido. – Desculpa.
– Um corvo, na verdade – O mais velho respondeu, tentando não demonstrar que o coração estava disparado. – Eu gosto de corvos, você quer escolher outro pássaro?
– Não, tudo bem – Jisung sorriu de lado para o mais velho. Apesar de ser mais alto, e mais robusto, Minho tinha lhe entregado roupas confortáveis, uma calça moletom cinza, e uma camiseta preta simples.– Mas o que ele representa?

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Not a nad boy - Minsung
RomansaJisung, olhou levemente para trás. Tentando não chamar a atenção. O alvo da conversa, estava distraído, de cabeça baixa e desenhando alguma coisa na carteira do colégio. O ômega sorriu levemente, aquele aluno, não parecia nenhum um pouco amedrontado...