Amor reacendeu em Nova York

Capitulo 7: Everything will be alright If you keep me next to you

Um dia. Um único dia de espera que parecia ter se arrastado como uma lesma preguiçosa em algumas horas e, ao mesmo tempo, ter voado como uma gaivota em outras. Taylor não conseguia evitar olhar constantemente para o relógio do seu celular, seus olhos fixos na tela que só mostrava as fotos do seus gatos na janela; nenhuma notificação no momento.

Finalmente, o dia esperado havia chegado. O Bus Stop, um pequeno café acolhedor no coração do West Village, era o local combinado para o reencontro. Sentada em uma mesa de canto, com vista para a rua movimentada de Nova York, Taylor sentia uma mistura de ansiedade e empolgação que fazia seu coração bater descompassadamente.

Ela pediu um café para si mesma e um chá para Dianna, como ela lembrava que a outra gostava. No entanto, apesar de toda a antecipação que havia sentido nos últimos dias, agora que estava lá, naquele café, a insegurança começou a se instalar.

As pessoas nas mesas vizinhas faziam um esforço óbvio para disfarçar, mas Taylor podia sentir os olhares furtivos, os sussurros abafados. Nova-iorquinos, conhecidos por sua atitude descolada e blasé, estavam todos curiosos por estarem na presença de uma celebridade. Embora tentassem parecer indiferentes, era evidente que queriam uma espiada, uma prova de que ela era real.

Os minutos pareciam se arrastar enquanto Taylor folheava seu celular, tentando parecer ocupada e não notando as olhadas sorrateiras que vinham de todas as direções. Ela nunca se sentiu tão desconfortável em um lugar público. Aquela exposição, aqueles olhares, era algo que a fama lhe trouxera, mas agora, mais do que nunca, ela ansiava por um momento de tranquilidade e anonimato.

Enquanto o barulho do café e a conversa de outras mesas enchiam o ambiente, o som das horas passando ecoava em sua mente. Ela se perguntava se Dianna estaria passando pelas mesmas emoções, se também estava se sentindo observada. Seus pensamentos se embaralhavam em um turbilhão de preocupações e expectativas.

E então, em meio à cacofonia da cidade que nunca dorme, Taylor notou uma figura se aproximando do café, uma figura que parecia tão familiar, mas ao mesmo tempo tão distante. Seu coração deu um salto, e ela teve que lutar para conter as mãos trêmulas enquanto esperava que Dianna entrasse pela porta do Bus Stop, trazendo com ela todas as respostas para as perguntas que haviam assombrado seus pensamentos nos últimos dez anos.

O tempo pareceu desacelerar quando seus olhos se encontraram. Os olhares de curiosidade que antes a deixaram desconfortável, agora eram insignificantes em comparação com o turbilhão de emoções que a tomou. Dianna estava ali, de pé na entrada, e tudo ao seu redor parecia desaparecer.

Dianna sorriu, um sorriso tímido e encantador que era tão familiar quanto o sol da manhã. Ela tinha mudado, claro, os traços mais amadurecidos, a confiança que a vida lhe trouxera, mas os olhos ainda tinham a mesma centelha, a mesma profundidade que Taylor lembrava com tanta clareza.

Taylor se levantou da cadeira, seus joelhos quase vacilando de nervosismo enquanto caminhava em direção a Dianna. O café e o chá foram esquecidos por um momento, o mundo inteiro reduzido a este encontro, a esta mulher diante dela.

"Dianna," Taylor sussurrou, sua voz um pouco trêmula, mas cheia de emoção. "É você mesmo."

Dianna deu um passo à frente, e então elas estavam frente a frente, tão próximas que podiam sentir a respiração uma da outra. "Taylor," ela respondeu

Elas se abraçaram, e em seus braços, anos de distância e separação se desvaneceram. Era como se o tempo tivesse voltado atrás, e elas eram novamente as jovens apaixonadas que haviam compartilhado sonhos e segredos sob o luar.

O Bus Stop continuava seu movimento agitado ao redor delas, mas, naquele momento, Taylor e Dianna estavam em uma bolha de reencontro. As preocupações e expectativas que haviam assombrado Taylor desapareceram, substituídas pela sensação reconfortante de que, de alguma forma, tudo estava no lugar certo.