Agora sim, o início do plano

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OIIII, que saudade de vocês! Antes de começar a leitura, recomendo que no final escutem Going Under, de Evanescence!

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A tão temida segunda-feira chegou.

Não estava passando mal como domingo, mas, por dormir o dia inteiro, não consegui dormir direito à noite.

Minha prima estava insuportável, completamente revoltada por não poder ter ido à festa.

— Querida, não bata os hashis tão forte na tigela, por favor — disse meu tio para Jiwon.

— Jeon Jungkook foi em uma festa! — ela praticamente gritou, batendo os hashis com força na mesa.

Eu suspirei pesadamente, apenas continuei a comer, vai, Jiwon, tenha seus cinco minutos de fama e faça seu drama.

— E dormiu fora! Ele só voltou no domingo à tarde!

Meus tios se olharam, confusos.

— Nós sabemos, querida — respondeu titia. — Onde quer chegar com isso?

— Por que ele pode ir a festas e eu não? — perguntou revoltada, sua voz até mesmo chegou a afinar, como uma garotinha mimada.

— Você estava de castigo, Jiwon. Seu primo não — o pai dela respondeu. — Agora, por favor, termine de comer.

Ao perceber a conversa tensa que iriam ter logo pela manhã, rapidamente terminei de comer o arroz, levantando-me da mesa e tirando a minha louça.

— Vou escovar o dente e terminar de me arrumar — anunciei, meus tios concordaram com a cabeça.

Quando terminei de lavar a louça e segui para o banheiro, ainda era possível ouvir minha prima gritando e fazendo manha enquanto eu escovava os dentes.

Meus tios, no entanto, permaneciam calmos, repetindo diversas vezes que eu não fiz nada de errado. Ah, se eles soubessem... Ai, se eles soubessem.

Tio Hyeon-jun nos levou para escola hoje, a atmosfera do carro era tão densa que seria possível cortar com uma tesoura.

— Comportem-se, crianças. Filha, cuide de Jungkook, e Jungkook, cuide da Jiwon. Ok?

— Certo, tio — respondi, logo saindo do automóvel.

Minha prima, no entanto, tão educada, não respondeu e ainda bateu a porta.

Ela parecia realmente irritada, isso não me trazia o menor prazer, mas também não despertava o mínimo de empatia. Jiwon estava de castigo porque os tios descobriram que ela estava cabulando aula do cursinho para ir ao karaokê. É algo bobo, mas ainda assim, ela estava mentindo e isso é errado.

— Você é um desgraçado, Jeon Jungkook — ela disse ao se aproximar de mim, com os dentes semicerrados. — É simplesmente ridículo o jeito que eles passam pano pra você, é ridículo o jeito que você age como se fosse um pobre coitado!

— Mas do que você está falando? — rebati, apertando a alça da minha mochila.

— Não se faça desentendido — foi a última coisa que Jiwon disse, antes de correr de encontro com suas amigas.

Suspirei pesadamente, seguindo até a sala de aula.

Não era a primeira vez que Jiwon me dirigia palavras odiosas, mas era a primeira vez que ela agia como se não estivesse com raiva, mas sim triste. Sinceramente, não acho que ficar sem sair por uma semana iria afetá-la tanto assim, e por mais que eu quisesse só não me importar, parecia impossível.

Cafajeste || jjk+pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora