When June Kissed December - [vegaspete]

Capítulo 13

Pela forma como os olhos de Vegas estão arregalados, Pete certamente pode avaliar o quão inesperado foi. Ele, à beira do desespero, acrescenta:

— Você acha que eu deveria implorar um beijo ao meu marido? Tudo bem. Estou implorando. Me beije! Por favor!

O alfa engole em seco várias vezes, fazendo seu pomo de adão tremer. Então ele responde num sussurro baixo, mas ansioso:

— Como pode uma beleza tão perfeita implorar por um beijo de um monstro tão feio?

Pete não aguenta. Ele não pode aceitar tal covardia. Quando seus sentimentos sinceros e desejo de se aproximar são instantaneamente enterrados. Mordendo o lábio inferior — só para não cair no choro bem na sua frente — o ômega rapidamente assume a posição sentada e quase coloca os pés no chão, enquanto as mãos do alfa o abraçam impulsivamente e o abraçam com força. De repente, há uma forte sacudida no estômago de Pete, em algum lugar na região do diafragma, quando seus dedos cravaram nos ombros de Vegas, cobertos com a seda do pijama, e o alfa não resiste a envolver as palmas das mãos ainda mais firmemente nas costas de seu marido ômega. Pete é tão maleável sob suas mãos, e o suspiro alto que ele solta quando Vegas aperta seus braços percorre toda a sua espinha.

Tudo o que ele sonhou nos últimos dias, tudo o que esperava e desejou, está concentrado ali, e ele não sabe o que fazer com isso, pois já pediu um beijo várias vezes. E Pete... ele simplesmente sufoca perto desses lábios. E nesse momento Vegas coloca os dedos no rosto, não os pressiona, mas direciona Pete. Ele inclina a cabeça para o lado e acalma a respiração muito frequente e pesada de Pete com um beijo especial. Ele não captura os lábios de Pete com os seus, mas como se dividisse mentalmente o lábio superior em três partes e tocasse lentamente cada uma delas, como se desse tempo ao ômega para se acostumar com as novas sensações. Ele se afasta um pouco e olha para os cílios tremulantes de Pete com ternura carinhosa. Ele ainda segura o rosto do ômega entre os dedos, desvia o olhar para o lábio superior molhado de seu beijo inocente, remove as pontas encharcadas de suor do cabelo de Pete grudadas nas bochechas e nas têmporas. E volta novamente à boca, cobrindo-a com a sua.

Pete tem medo de que este seja um sonho enganoso. Uma falsa fantasia. Mas ele não ousa abrir os olhos fechados reflexivamente. Esses momentos da primeira intimidade inocente com o marido são muito queridos para ele.

E então ele pode aconchegar-se no peito de Vegas e, encostando o ouvido nele, ouvir seu coração como se fosse uma concha. Ele não pode julgar se tudo estava como deveria ser. E quem determina isso? Mas a pele de Vegas está quente e viva sob as pontas dos dedos que ainda tocam o pescoço do alfa. A tensão na coluna de Pete desaparece. Ele não os vê, mas tem certeza de que os olhos de Vegas agora são como as águas do oceano, escuros e tentadores.

— No começo eu tive muito medo que você fugisse. — os dedos de Vegas estão emaranhados no cabelo de Pete.

— Para ser sincero... No início tive esses pensamentos, não consegui aceitar minha nova vida. Mas agora tenho certeza: nunca irei te deixar sozinho, Khun Vegas.

— Ouso esperar que algum dia você me chame pelo meu nome?

— Uh... me dê mais um tempo. Vou me acostumar com isso. — Pete toca suavemente as cicatrizes ao longo das maçãs do rosto com as pontas dos dedos — Dói quando eu toco você assim ou inclino minha bochecha?

Vegas cobre os dedos de Pete com a palma da mão e leva-os aos lábios para deixar um beijo caloroso.

— As cicatrizes mais dolorosas não estão no meu rosto.

— E onde estão?

Vegas engole e aperta os olhos silenciosamente, apesar da escuridão ao redor. Mas Pete percebe que algo mais está machucando seus olhos. Então o ômega sobe um pouco mais e deixa um beijo gentil no peito do alfa, logo acima do coração batendo.