Capítulo 11

430 60 7
                                    

Pete pisca várias vezes, pensando que estivesse errado. Porém não estava. A caligrafia não desaparece:

Para o meu estimado Kornwit,

de Anakinn

25/12/18~~

Os últimos dois dígitos... hã... do ano? Borrados. Ele não consegue entender.

Pete franze a testa.

Vegas Kornwit Theerapanyakun. Este é o nome completo de seu marido.

"Hum... Como isso é possível?"

Pete fica atordoado por mais um minuto e então, rindo alto de seus próprios "palpites", dá um tapa na testa: "Esta é a propriedade de sua família! Certamente Vegas recebeu o nome de algum ancestral."

"Mas tem algo estranho: 'Anakinn' vem de 'Kinn'? Ou estou enganado de novo?"

Pete está apenas começando a folhear o livro quando Macau pula em cima dele. O ômega quase deixa cair as antiguidades caras de suas mãos novamente.

— O que você está fazendo? Vou apenas dar uma olhada com cuidado... não posso?

A salamandra se comporta de maneira muito inquieta, começando a pisar forte, e então sobe no braço de Pete e olha com pena em seus olhos. O ômega balança a cabeça, completamente surpreso com tal comportamento, mas fecha o livro e silenciosamente o coloca na gaveta:

— Só não conte ao Vegas, ok?

Macau sorri com os maxilares cerrados.

— Bem, vou te dar algo doce, tá?

A cauda voando perpendicularmente ao chão significa acordo total. Pete já descobriu como negociar com esse pirralho.

Entretanto, tem algo de errado aqui: há um motivo para Macau proteger tanto o livro do seu dono.

— Bom dia, Pete. Dormiu bem?

Vegas o cumprimenta com um sorriso, e Pete não quer que ele desapareça de jeito nenhum, por isso decide conter os impulsos de sua curiosidade para sempre.

— Bom dia, Khun Vegas. Sim, obrigado. Espero que você também esteja bem.

Vegas inclina a cabeça, dando-lhe um olhar gentil, de modo que o estômago de Pete revira. Ou alguém está com muita fome? Vegas parece ouvir seus pensamentos:

— O café da manhã será servido em breve. Você vai descer para a sala de jantar ou devo pedir para trazer aqui?

— Eu vou descer. — o ômega funga.

Vegas tira do bolso um lenço cuidadosamente dobrado e o entrega ao marido:

— Eu sabia que você ia pegar um resfriado. Vou mandar o motorista buscar os remédios agora.

— Khun Vegas — Pete pega cuidadosamente um lenço xadrez fino. Uau, alguém ainda usa? —, não precisa se preocupar...

Ele não o ouve. Vegas leva a mão à testa, perguntando delicadamente:

— Posso?

Pete acena com a cabeça e então sente a palma estranhamente suave e áspera de Vegas em sua testa sensível.

— Não parece estar quente, mas é melhor não arriscar e medir. E...

— Khun Vegas! — Pete se levanta — Pare com isso. Bem, a verdade é... nem mesmo papai se agitava assim quando eu estava doente. Não me faça sentir como uma completa criança perto de você.

When June Kissed December - [vegaspete]Onde histórias criam vida. Descubra agora