Casa de Mar e Fogo

CAPÍTULO XXVI

Norte de Westeros - Winterfell

– Eu deveria me preocupar com suas insinuações? – Rhaenyra lhe pergunta.
– Há algo de errado com o meu comportamento? Talvez eu não esteja à altura das suas ambições. – Ele responde.
– Tolice! – Ela se vira para olhar em seus olhos – Fala e age como o filho de um indecente. Quando sabe bem em que posição me coloca. Você é Jacaerys Velaryon, o filho que vai ascender ao trono após a minha morte, vai usar minha coroa e se tornar um Targaryen, seus filhos terão o sobrenome do meu pai, e do pai do meu pai. O meu sobrenome. Mas você vem até a casa de um de nossos aliados mais importantes e flerta com a filha que prometemos casar com o seu tio.
– Não é nada sério. Estamos apenas aproveitando a companhia um do outro. – Jace rebate levantando o cálice.
– Jacaerys. – sua mãe toma o objeto de suas mãos. – A privilégios por todo o seu caminho e poucos deveres, então os cumpra da forma devida. Afaste-se de Lyanna Stark, é com Baela que você tem deveres matrimoniais. A casa Velaryon e a casa Targaryen não apoiaram qualquer que seja a ruptura que você deseje causar.
– E Lucerys?
– Lucerys tem as próprias obrigações como futuro lorde de Derivamarca.
– Você nos deu obrigações e mais obrigações, como se um dia tivéssemos sido
consultados sobre tudo isso. Não estou dizendo que você não mereça ser rainha, mas você já me perguntou o que eu quero? Por que você está lutando por um sonho, mãe. Pelo sonho que vai recair sobre nossas costas algum dia. E o seu sonho pode ser o nosso pesadelo. Lucerys atacou Aemond e o cegou com cinco anos de idade, você subestima a nossa capacidade de fazer das nossas próprias vontades realidade. Você deixou o meu irmão sozinho com uma tarefa que ele não pediu para ter, e me trouxe para cá para me privar de ser quem eu quero?

– Você está aqui porque será um rei, e Lucerys deve aprender a ser o homem que ele vem ignorando desde que cresceu. Você não é Daemon, Jacaerys.
– E Lucerys não é você. Não podemos abandoná-lo e esperar que ele vire homem, você sempre o privou das coisas porque tinha medo da violência dentro dele.
– Ele é um garoto doce, ele sempre foi.
– Até não ser mais. Então, a gente só senta e torce para que as coisas saiam bem naquele lado do mar.
– Ele não está sozinho, tem a garota para ajudá-lo a entender o que é ser adulto.
– Ou ela vai engolir ele com o dragão quando perceber que ele tem a maturidade de uma criança, porque você nunca deixou nada nem ninguém dizer não a ele.