Capítulo 8

650 81 76
                                    

POV Juliette

Flashback on

Era madrugada quando recebi um ligação de Conrado pedindo para que eu fosse até a delegacia, Rafael havia sido encontrado morto dentro de seu próprio carro. Não pensei duas vezes, vesti a primeira roupa que eu vi e de chinelo mesmo, peguei minha moto e fui até o IML onde estava o corpo dele.

Mesmo após eu tirar o tecido branco que o cobria, mesmo ele estando diante de mim e até mesmo com uma de suas unhas pintadas de azul, eu não estava acreditando que era ele.

_Juli, você precisa ir, a esposa dele está para chegar a qualquer momento. Por favor, vamos...

Conrado me abraçou e me tirou dali.

Ainda era madrugada, o sol não estava nem dando as caras por ali, saí do edifício às pressas, ali na rua vazia, silenciosa, me pus a chorar. Subi na minha moto e sai, vi quando um carro passou por mim, provavelmente deveria ser a esposa dele, sem olhar para trás, fui embora pra casa.

Flashback off

POV Sarah

_Nossos pescoços estão na linha com o edifício mais excêntrico da história e aqui estamos, olhando cavalos.

Fui até o haras onde me contaram que estava o tal cavalo que Rafael havia deixado para mim e pedi para que Roberta me acompanhasse antes de irmos para o escritório.

_A única coisa que Rafael me deixou foi um cavalo, o mínimo que posso fazer é vê-lo

_Tudo bem!

_É esse aqui. -Eu estava diante de uma baia onde estava indicando na porta, o nome do Rafael e o número de referência do animal. Era um cavalo grande, marrom escuro, bonito e muito bem cuidado.

Roberta abriu a porta para que eu o tirasse dali.

_Vem Valente, vamos dar uma volta

_Senhoras, o que estão fazendo, deixem esse animal aí - Um senhor surgiu com uma voz grossa, nos intimidando.

_Esse cavalo é meu. Bom, era de meu marido, ele faleceu e o deixou para mim, então é meu agora -Mostrei os papéis a ele. _Posso montá-lo?

_Obviamente que não. Ele tem várias corridas chegando e você está estressando ele, então por favor, solte-o

_Eu não vou, quero levá-lo comigo

_Mas você não pode, ele está indo para a Argentina, para uma corrida amanhã

_Você tem 3 milhões de reais?

_Aposto que não! -Disse Roberta

_Então vou levá-lo!

Fomos levando o animal até a área externa.

_Meu Deus Roberta, tenho um cavalo

_Sim, ele é seu, suba e coloque o capacete de proteção

_Não sei se me lembro como se faz

_Vai se lembrar

Montei, e de fato era como se eu nunca tivesse esquecido. Lembrei do quanto andar a cavalo era libertador.

Eu estava determinada a levá-lo embora. O administrador do haras, o mesmo que havia me enfrentado anteriormente me passou todos os cuidados que devo ter com ele. Era uma lista interminável, afinal, ele era um cavalo de corrida e valia muito. Sem saber o que faria daqui pra frente, simplesmente concordei com tudo, e com a ajuda do treinador, colocaram o animal dentro de um carro de transporte próprio para que eu o levasse embora.

O Píer - SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora