Capítulo 7 - Rompendo barreiras

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Regiane permanece muda diante de Yeosang, ela não esperava pelo que viu e ouviu dele. Está confusa por mesmo sem entender nada daquilo, em seu íntimo se sente segura perto dele.
- Mesmo sem lembrar de nada, você sentiu que eu estava por perto. - Ele solta um riso. - Seori não poderia estar em melhores mãos, afinal quem poderia cuidar dela melhor do que a sua própria irmã?
- Espera, do que você está falando? Aliás quem é e o quê é você? Seus olhos, seus cabelos... Suas orelhas!

Yeosang a segura pelo braço e diz com voz baixa.
- Aqui não é um bom lugar para este tipo de conversa. Que tal entrarmos?
- Você quer mesmo entrar?
- Claro! - Ele a beija no rosto e vai na frente em direção ao apartamento. - Não vai entrar? - Pergunta ao parar na porta.

Regiane acelera os passos e vai até ele, que pega o lanche que estava no chão. Ela fecha a porta e o segue, Yeosang põe o lanche na mesinha, causando um susto em Camila.
- O quê está rolando?
- Olá de novo Camila.
- Olá... - Pausa - Como você descoloriu o cabelo tão rápido?
- Não descolori, apenas tirei o disfarce.
- Regi, o quê está acontecendo?
- Sei o mesmo que você amiga e ele... - Ela fica em silêncio ao ver o colar de Camila mudando de cor. - Amiga, o seu colar!
- O quê tem ele? - Camila abaixa o olhar e vê que a pedra está rosa. - Caramba! Não sabia que ele fazia isso!

Yeosang se aproxima e segura o pingente.
- Ele é um amuleto de proteção, rastreio e de alerta. Seu propósito é avisar a aproximação de seres como eu, mas também avisa sobre seres de outros tipos.
- Isso é alguma pegadinha?
- Não, vocês estiveram na pizzaria não é? Senti a sua presença por causa deste colar.
- Quem é você? O quê é você afinal?
- Eu fiz a mesma pergunta pra ele lá fora. - Comenta Regiane.

Ele encara as duas e sorrindo se convida.
- Posso responder enquanto como com vocês? Estou faminto!
- Fique à vontade. - Diz Camila receosa, antes de sentar novamente no sofá.

Regiane senta ao lado de Camila e ele se senta numa poltrona à frente delas. Entre uma mordida e outra, ele começa a falar.
- Marilak pediu para que eu tivesse paciência e esperasse que suas memórias retornassem naturalmente, mas como vêem... Estou aqui ignorando as recomendações dela.
- Você conhece a Ma? - Regi pergunta surpresa. - Ela nunca mencionou você e nunca te vi na casa dela.
- Sei bem me esconder, me disfarçar... Por isso sonhava comigo, seus dons te permitem sentir que estou por perto. Ma preserva muito a segurança e o bem estar de vocês, é natural que ela aja assim. - Ele olha diretamente para Camila e continua. - Mas este colar que eu pedi para ela lhe dar, te mantêm segura. E além do mais, usando ele você poderá através dos sonhos romper as barreiras do passado e do presente.

Camila analisa o seu colar, sua mente está cheia de dúvidas.
- Isto significa lembrar da minha vida passada?
- Exatamente.
- Você disse lá fora que sou a irmã dela, como assim?
- Ele disse isso mesmo, tem certeza? - Camila pergunta de imediato.
- Sim, falou claramente isso pra mim no corredor.
- Nesta vida vocês são amigas bem próximas, mas suas almas são ligadas pela irmandade. Na outra vida, vocês eram as irmãs Seori e Rabech, da família Moon. Biologicamente nesta vida, não há nenhum grau de parentesco, mas continuam sendo irmãs.

As duas amigas seguram a mão uma da outra e sorriem, não existem palavras para definir a emoção de descobrirem a conexão que existe entre elas.
- Seu nome é?
- Lee Yeosang, sou irmão mais novo de Lee Jong-Suk, marido de Moon Seori... Você, Camila.
- Você reencarnou também?
- Não, não... Tenho 1.750 anos, meu aniversário foi ontem.
- Isso não é possível! Desculpa mas já é loucura demais acreditar nisso! - Regi exclama.
- Pode ser, mas é a verdade. Há mais de mil anos atrás, vivíamos na mesma época. Bem, tivemos alguns problemas, mas ao todo, éramos próximos.

Regi tenta assimilar as informações e questiona.
- Fiz dezenas de regressões e em nenhuma delas vivenciei lembranças de vidas passadas, Camila na primeira sessão lembrou do seu irmão. Por quê?
- Acredito que você mesma bloqueou todas elas.
- E por qual motivo eu faria isso?
- Talvez por minha causa.

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