um compilado de capítulos com pequenas histórias envolvendo o dia a dia dos soukokus mostrando um pouco do relacionamento dos dois.
Faz parte do universo de álbum de fotos como um extra.
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Era de noite, uma bem confortável e relaxante. O dazai estava sentado na cama do quarto de ambos enquanto o chuuya se sentava com rolos de bandagens e esparadrapo, o ruivo iria trocar as bandagens de seu amado namorado.
A medida que o chuuya desenrolava as bandagens as cicatrizes ficavam visíveis no braço do moreno, cujo eram de automutilação e de tentativas falhas de tirar sua própria vida. O ruivo sabia disso, não era preciso palavras quando apenas as olhando podia-se já ter uma noção do estado mental e do quanto o Dazai sofreu, mas ele continuava sempre de pé — sorrindo mesmo sentindo uma dor imensa, ele continua com um sorriso brincalhão.
— São horríveis, não são? — O acastanhado abaixa o olhar envergonhado, ele sempre se perguntou se elas incomodavam o chuuya de certo modo ou o ruivo escondia bem o que sentia.
O olhar de chuuya se ergue fitando os olhos castanhos do outro, ele franze de leve as sombrancelhas em confusão mas logo entende. O menor se compadece suavisando sua expressão e dando um pequeno sorriso reconfortante.
— Não são horríveis, Osamu. Você... Não deveria sentir vergonha delas, eu te admiro por sua força e... — O chuuya para de falar abaixando o olhar para o braço de dazai, ele acaricia a palma da mão do moreno a levantando e depositando um beijo ali. — Se você não tem um sentido para continuar vivo, então torne eu o seu motivo para viver.
O olhar de dazai sobe para encontrar os de chuuya, seu olhar em um misto de emoções, uma expressão genuína.
— Chuuya... — Ele balbucia, seu rosto ficando um pouco avermelhado no processo. Algumas lágrimas caem de seus olhos sem seu controle, ele nunca se permitiu ser vulnerável sempre em busca de esconder sua tristeza.
— Você é incrível Dazai, você mesmo com as dificuldades continua tentando ajudar os outros. Eu admiro você, Osamu. — O ruivo sorri se inclinando para abraçar o corpo de seu amado que retribui o aperto.
O dazai fecha os olhos aproveitando o abraço e o carinho, ele se sente verdadeiramente amado, cuidado e valorizado.
— Obrigado chuuya... Eu realmente nunca ouvi isso de ninguém então é difícil para mim... — O moreno suspira pesado recebendo um leve carinho em seus cabelos castanhos dado pelo menor.
— Agora você tem a mim, não vai estar mais sozinho e eu vou ser o motivo da sua felicidade. — O chuuya estende as mãos para segurar o rosto de dazai e o fazer olhar para si. — Eu te desejo, eu te quero e eu te amo. Então não me deixe, eu realmente sentiria a sua falta se você...
O sorriso de dazai se alarga tocando nas mãos que seguravam seu rosto, ele o olha com seus olhos expressando gratidão e amor.
— Você não vai se livrar de mim tão falso, porta chapéu. Mesmo em outros universos, eu sempre estarei lá te atormentando. — O acastanhado se inclina depositando um leve beijo nos lábios de seu amado, ele suspira de contentamento.
— Porta chapéu? De onde infernos você tirou esse apelido? Da pra parar dos ataques pessoais ao meu chapéu por favor?!
— Nunca, essa coisa é um ataque direito a moda e eu me sinto atacado diretamente ao ve-lo. — ele retruca num tom mais brincalhão voltando a ser o mesmo de sempre.
— E por acaso você tem senso de moda? — O chuuya range os dentes fazendo uma cara de incredulidade.
— Ai não sabe brinca, eu ein.
O ruivo não disse nada apenas soltando um suspiro, ele se focou em colocar as bandagens em dazai tentando fazer um clima mais descontraído.
No final, o dazai se sentiu quentinho por dentro e por fora — tendo levado um tapa na cara por depois ter dito que iria queimar o chapéu.
