O Fim - Simoraya (Adaptação)

Capítulo 17

Soraya Thronicke Pov

O barulho estanho continuava a sair pela tela do meu telefone, era muito barulho, ouvi alguns gritos baixos, mas não conseguia identificar nada.

Depois de alguns minutos, consegui identificar o som de uma ambulância.

Corri até Janja, que se assustou com o jeito apreensivo que eu tinha.

-Está com seu carro?- Perguntei, ela franziu o cenho.

- Pra que quer meu carro? Simone não vem lhe buscar?- Janja perguntou, ja sentia as lágrimas rolarem.

- E..eu não sei..- Funguei, todos já nos olhavam, curiosos e sem entender nada.- Eu liguei pra ela, e ela disse que já tava chegando e que me amava, ai depois começou a fazer um barulho, ai agora eu ouvi um som de uma ambulância Janja...- Falei rápido confundindo ela, que tinha os olhos levemente arregalados.

- Pega... - Janja falou pegando a chave em sua bolsa e me dando.- Se isso que eu estou pensando, que é o que eu estou rezando pra não ser verdade, você me avisa Soraya. por favor e tome cuidado

Sai correndo pra fora do local, indo até o carro de Janja, que estava estacionado na lateral do lugar, entrei no Audi de última geração e liguei começando a dirigir pelo caminho que eu sabia, que Simone podia ter pego pra voltar pra casa.

Assim que vi uma ambulância tampando boa parte do que se acontecia ali, eu vi um caminhão, mas o resto eu não via.

Parei o carro e sai do mesmo, andando para mais perto até que pude ver Simone no chão com sangue na cabeça e um pouco nas pernas e apagada, corri em direção à ela, já chorando, só que uma mão passou pela minha cintura, me parando, me impedindo de chegar perto da minha mulher.

- Me solta! Ela é minha... minha esposa..-Falei chorando, me engasgando com tudo.- ME SOLTAAA.

- Moça, preciso que tenha paciência ela terá que passar por alguns exames no hospital... - O policial disse, deixei ele me soltar, fazendo eu cair no chão, batendo a mesma e desmaiando.

{...}

- Consegue enxergar direito?- Ouvi a voz do médico à minha frente, assim que abri os olhos e vi ele,minha mãe e pai ali.

Me sentei com dificuldade na maca do hospital suspirando, com dor na cabeça.

- Consigo. - Falai baixo, mas o suficiente para que eles escutassem.- Onde está Simone e meus filhos.

- Estão todos aqui Soraya. Theo e Isabela estão lá na recepção com seus irmãos e as irmãs de Simone. - Minha mãe disse, lembrei do acidente, começando a me exaltar.

- E Simone, onde está?- Perguntei suspirando, me segurando para não chorar.

- Ai..o caso já é mais complicado Soraya. Simone sofreu um acidente, e agora ela está bem, mas pode demorar um pouco à acordar. - Meu pai disse, assenti suspirando.

- Ela está mesmo bem?- Perguntei, eles assentiram.

- O médico disse que sim.- Minha mãe falou, coloquei a mão no rosto aliviada.

- Pode pedir para que as crianças venham aqui, não quero que elas pensem que eu estou mal...- falei, eles assentiram e saíram do quarto, me deixando sozinha.

Fiquei ali parada alguns minutos, esperando, estava aliviada por Simone está bem, por continuar ao meu lado, por eu achar que tudo entre nos voltaria, assim que ela acordasse.

- Mamãe... - Ouvi a voz do meu filho, olhei para a porta, vendo Theo e Isabela ali parados, com um olhar de choro, sorri, bati na cama, fazendo sinal para que eles subissem na maca também. Que sorriram e fizeram isso, me abraçando e deitando a cabeça em meu peito, sorrindo.

- Estou muito feliz por você estar bem mamãe. - Isabela disse, beijei sua cabeça.

- Srta Thronicke se já quiser ir pra casa, pode ir, você ficará bem, só peço que se alimente.- O médico disse entrando na sala, assenti, logo peguei meus filhos, conversei com médico e sai da sala, indo para a recepção, vendo Janja, Regina, Eduarda, Gleisi, Verônica irmã de Simone também. E meus irmãos, Lucca e André minha sobrinha Sofia e meus sogros.

- Veio foi a cambada toda mesmo. - Janja falou, parecia ter ligo meus pensamentos.

- Obrigada por virem. - Falei complementando cada um.

-Eai, como você tá?- Eduarda perguntou se aproximando de mim, assim que eu me sentei.

- Acho bem. Só vou ficar bem mesmo, quando ver Simone acordada e bem..- Falei vendo meus filhos brincando com Logan e Sofia.

-Ela está bem graças a deus..- Dona Fairte disse.- Mas e vocês duas? Como vai ficar?

- Eu não sei sogra,  espero que bem, porque eu não consigo mais passar um segundo se quer, longe dela,mas caso tudo de errado eu vou lutar, até o fim depois do que eu vi, que ela fez ontem pra mim, meu amor por ela aumentou mil vezes mais. Foi incrível, você precisava ver. - Falei sorrindo.

- Eu vi, Janja postou tudo nas redes sociais dela, o evento inteiro..- Fairte disse, assenti.

- Oi Soraya, quanto tempo eu não te vejo cunhada - Ouvi a voz de Verônica, me levantei e lhe dei um rápido abraço sorrindo.

- É um prazer lhe ver de novo Verônica -Falei, ela sorriu assentindo.

- O médico disse que quando você quiser, você pode ir lá na quarto, em que Simone está, para ficar um pouco com ela. Apesar dela não estar acordada..- Verônica disse, assenti animada.

Logo vi Fairte e Verô se afastarem dizendo que iriam comprar alguma coisa para comer, pra mim, eu apenas agradeci.

Assim que estava ali sentada, vendo meus filhos, vi meu sogro, Ramez se aproximar.

- Ela parecia feliz. - Ramez falou.- Quando deixou as crianças em minha casa ela estava animada, provavelmente pela viajem que iam fazer.

- E ainda vamos, se ela estiver bem e puder nós vamos amanhã mesmo..- Falei, ele assentiu.-Um minuto sogro.- me levantei e fui até ao médico lhe pedindo autorização para que visse Simone, e ele deixou, me dando o número do quarto de Simone, tudo que fiz foi seguir para o mesmo,sozinha.

Assim que abri a porta do quarto, senti as lágrimas rolarem pelo meu rosto, quando vi a cabeça e a perna de Simone machucada, enfaixada, ela tinha uma máscara de oxigênio em seu nariz, ajudando na sua respiração.

{...}

Fiquei ali horas, vendo Simone, vendo seu rosto, sua pele, que estava mais branca, mostrando alguns arranhões avermelhados.

Vi ela se mexer um pouco, pulei do sofá e me aproximei da maca, lhe encarando, vendo ela abrir os olhos devagar, gemendo um pouco de dor.

- Sisa, que bom que você acordou meu Deus, ia enlouquecer sem você, eu te amo muito, me desculpa por tudo que eu fiz, mas eu não aguento mais uma segundo longe de você! Me perdoa Sisa, eu te amo também amor. - Falei chorando e tocando seu rosto, ela ficou em silêncio com cenho franzido por alguns minutos.

- Desculpa, mas... Quem é você?- Ela perguntou confusa.