Capítulo 36

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Simone Tebet Pov

- Bom dia Srta. Tebet... - Ouvi a voz da minha secretaria assim que entrei na minha sala, dei a volta e me sentei na minha cadeira lhe encarando.

- Bom dia, o que tenho que fazer?- Perguntei, ela abriu sua agenda e encarou a mesma.

- O diretor de artes de Nova York quer um encontro com você, pretende organizar uma nova exposição e quer suas artes Sra. -Minha secretária disse.- E tem alguns contratos para a senhora assinar, já revisei todos.

- Ok.- Falei suspirando. - Onde está Janja? Ela já chegou?

- Ela entrou em sua sala com a Srta. Regina e disse que não queria que ninguém a atrapalhasse. - A mulher a minha frente disse.

Apenas assenti pedindo para que ela me deixasse sozinha, e logo o fez, saindo da minha sala. Peguei o telefone da minha sala, ligando para a sala de Janja, e esperando um pouco.

- Eu pedi para que não me incomodasse, mas que droga.- Ouvi a voz de Janja assim que ela atendeu, sua voz estava ofegante e fraca.

- Saiba que eu posso te mandar embora, Rosângela.- Falei, ouvindo a gargalhada de Regina. -Coloque sua roupa e venha até minha sala.

- Porra Simone.- Janja disse logo desligando. Coloquei o telefone em cima da mesa e gargalhei imaginando a fera entrando pela minha porta em poucos minutos.

Ouvi meu celular tocar, logo o peguei, vendo o nome de Soraya na tela, atendi no mesmo estante.

- Bom dia meu amor. - Falei docilmente, me encostando na minha cadeira.

 - Sabe que eu odeio acordar sozinha Simone.- Soraya murmurou irritada, sabia que ela estava fazendo bico, acabei sorrindo.

- Me desculpa, não queria lhe acordar. -Falei, ouvi ela resmungar mais algumas coisas, que eu não entendi.

- Tudo bem.- Ela suspirou. - Tenho que tocar naquele restaurante hoje, podemos janta lá, o que acha?

- Pode ser. - Falei vendo a porta se abrir e Janja entrar com uma cara não muito boa.- Meu bem, depois nos falamos, Janja não gozou e está puta comigo.

- Ok, boa sorte... te amo. - Soraya disse desligando, nem esperando minha resposta.

Encarei Janja enquanto colocava meu celular em minha bolsa e apontei para minha cadeira, vendo ela se sentando na mesma de braços cruzados.

- Sabe que não pode transar em horários de trabalho Srta Rosângela. -Falei cruzando minhas pernas.

- Ahhh, e você pode? Acha que eu nunca ouvi seus gritos vindo dessa sala, por você está sendo passiva pra Soraya, enquanto ela te come em cima dessa mesa?- Janja perguntou, não queria, mas acabei ficando envergonhada, vendo ela erguer uma de suas sobrancelhas.

- Não enche Janja eu posso, você não.- Falei, ela ia rebater, mas ergui a mão para que ela ficasse calada, logo vendo ela bufar irritada. - Parece que aprendi a domar a fera. - Gargalhei

-Não provoca Tebet.- Janja rosnou, sorri mais ainda.

- Te amo Janja Jane.- Falei sorrindo,e la se curvou um pouco, amolecendo totalmente enquanto corava.

- Também te amo.- Murmurou baixo.

- Desculpa, não ouvi. - Falei, vendo Janja se levantar.

- Ah porra Simone.- Janja falou irritada, fazendo eu gargalhar mais alto ainda.

{...}

Estava entrando no restaurante ao lado de Soraya e meus filhos agora. Soraya e eu estávamos de mãos dadas e Theo e Isabela à nossa frente brigavam um com o outro.

Depois que permitir que meus filhos fossem brincar no pequeno parquinho do restaurante, fui até a mesa de costume que me sentava, para olhar minha mulher cantando,e u amava aquilo.

Assim que vi Soraya se sentar de frente para o lindo piano, peguei meu celular e tirei umas lindas fotos dela.

Algumas pessoas comentavam sobre o seu talento para aquilo, o que me fazia sentir cada vez mais orgulho, de a ver fazendo o que gostava.

Eu não conseguia tirar o olhar dela, que tinha o olhar fixo em mim, as vezes sorria ou piscava, fazendo eu sentir meu coração se acelerar cada vez mais.

Depois de 1 hora e poucos minutos, Soraya saiu de cima do pequeno palco e conversou um pouco com o dono do restaurante, logo vindo até mim e se sentando ao meu lado.

- Onde está as crianças? Ainda não cansaram de pular?- Soraya perguntou bebendo um pouco da minha água.

- Pelo visto, não. Crianças da idade deles não cansam tão rápido.- Falei, ela apenas sorriu.

- Olá, licença desculpe atrapalhar, me chamo Luiz Silva, dono de uma gravadora musical.- O homem da voz rouca disse, encarei Soraya na mesma hora com um sorriso. - Assisti toda sua apresentação e devo dizer que você tem muito talento.

- Oh... obrigada, eu sou Soraya Thronicke, e essa é minha esposa, Simone Tebet.- Soraya disse apontando para mim, cumprimentei o homem com um aperto de mão e um pequeno sorriso.

- Queria lhe dar uma boa oportunidade Soraya, sinto que faria muito sucesso, o que acha de visitar minha gravadora amanhã pela tarde? E ai podemos conversar melhor. - Luiz falou encarando Soraya que abriu um largo sorriso, coloquei minha mão sobre a sua.

- Claro, irei sim.- Soraya disse, logo eles deram um ao outro, o número de telefone. O homem se despediu de nos duas e se afastou voltando para sua mesa.

- Você vai conseguir realizar seu sonho meu amor, eu lhe disse que ia conseguir e você vai. -Falei beijando sua mão e logo seu rosto.

- Será que irei finalmente conseguir? Eu estou tão feliz Sisa.- Soraya falou me encarando.

- Você irá conseguir sim, estarei do seu lado para tudo. - Falei.

- Obrigada.- Ela disse selando seus lábios aos meus, sorri encostando minha cabeça em seu ombro.

Segundos depois vi Theo e Isabela se aproximarem suados e cansados, logo se sentando nas cadeiras à minha frente.

- Cansaram?- Soraya perguntou sorrindo, eles assentiram respirando fundo, logo pedi uma água para os dois ao garçom, que não demorou à trazer. Fizemos nossos pedidos e ficamos a espera dos mesmos enquanto conversávamos.

- Eu estou sonhando. - Soraya disse com aquele lindo brilho nos olhos.

- Com o que querida?-Perguntei.

- Com essa oportunidade e você estando quase grávida novamente, nossos filhos bem, nós duas juntas novamente e felizes.- Soraya falou pondo sua mão em minha coxa.

- Eu te amo. - Falei beijando seu rosto. - Muito mesmo.

O Fim - Simoraya (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora