Capítulo 42

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Soraya Thronicke Pov

- Soraya... - Janja tentou falar, mas  rapidamente me virei e lhe encarei.

- Que bebê Janja? - Perguntei quase em sussurro, lhe calando, ela engoliu em seco e coçou a garganta.

- Acho melhor você conversar com Simone. - Janja falou. - Mas não tente colocar culpa nela, por que isso é a última coisa que ela tem Soraya.

- Posso ver ela doutor? - Perguntei ao homem, que continuava confuso, nos encarando. Ele assentiu, e eu logo fui em direção ao quarto em que o doutor me disse, para ir.

Assim que parei em frente a porta do quarto, respirei fundo engolindo o choro, tentando me controlar, meu coração estava acelerado, e minha cabeça estava doendo, parecia que ia explodir.

Abri a porta do quarto, vendo que Simone estava de olhos fechados, parecia dormir. Entrei no quarto e fechei a porta, logo caminhei até a cama, e olhei para minha esposa, seu rosto estava um pouco vermelho, principalmente na testa, pela queda que teve.

- Por que veio Soraya? - Sua voz soou baixa e fraca, suspirei passando a mão no rosto.- Seus shows.

- A questão não é essa agora. - Falei, ela abriu os olhos, e agora eu pude ver a grande magoa, que ela estava sentindo. Seus olhos estavam vermelhos de uma forma absurda e seus olhos estavam inchados. Senti meus olhos tremerem, assim como meus olhos, não conseguindo evitar agora, à deixar as lágrimas caírem.- Estava grávida?

- Estava. - Ela falou baixo, enquanto abaixava a cabeça, via suas mãos tremendo, e seu peito subindo descendo e subindo rapidamente, ela estava nervosa... com medo.

- Por que não me falou? - Perguntei levando minha mão, até seu queixo, erguendo o mesmo, fazendo ela me encarar.

- Você deixou? - Ela perguntou, franzi o cenho, depois de alguns segundos, lembrando da quantidade de vezes em que Simone tentou me contar algo.

- Me perdoa. - Falei deixando mais lágrimas caírem, Simone ficou alguns segundos calada, tentando não chorar, mas foi impossível, me aproximei e puxei seu corpo para mim, lhe abraçando, ela enfiou seu rosto na curva do meu pescoço e chorou, e eu só tentava ser forte, para lhe segurar, e tentar amenizar a dor do momento, fechei os olhos e beijei o topo da sua cabeça, apertando os olhos.

- Me desculpa... - Ela falou, franzi o cenho, afastando sua cabeça de mim, fazendo ela me encarar, limpei suas lágrimas e dei um leve beijo em sua testa, voltando à encara- la.

- Pelo que? - Perguntei, ela suspirou deixando mais algumas lágrimas caírem, que eu logo tratei de limpar.

- Por não dar à você, o que queria. - Simone disse, logo voltando a me abraçar, o que dessa vez, não consegui segurar as lágrimas.- Me perdoa, eu não queria ter pedido ele.

- Amor, me olhe. - Falei, mas ela não o fez. - Sisa. - Ela apenas levantou o rosto e eu abaixei o meu, lhe encarando, fechei os olhos e colei nossos lábios, em apenas um roçar de lábios. - Vamos passar por isso, vamos ser fortes, assim como fizemos sempre, juntas, ok?

Sussurrei as palavras entre seus lábios, vendo ela apenas assentir devagar.

- Me desculpa por não ter ouvido você, me sinto uma tremenda idiota por não ter lhe ouvido. - Falei com toda a sinceridade possível. - Vamos tentar de novo depois ok? Sem pressa, temos uma longa vida pela frente...

- Ok. - Ela suspirou. - E você? Soraya, você tinha um show hoje, Luiz deve estar muito irritado.

- E está, ja me ligou 167 vezes.- Falei dando de ombros. - Minha família é mais importante, se eu tivesse lhe ouvido antes de ter viajado e estivesse ciente que você estava grávida, nem de casa eu tinha saído, eu tinha ficado com você... mas eu estava cega, me afastei de você e das crianças, estava tão animada com tudo que estava acontecendo comigo, que acabei esquecendo do mais importante... você, Theo e Isabela.

- Não é culpa sua...- Ela falou, suspirei passando a mão por sua bochecha.- E agora? É seu sonho...

- Não sei, vamos ver o que acontece, mas de perto de você, eu não saio eu vou matar o infeliz que lhe empurrou.- Falei,ela fechou os olhos. - As mãos que você sentiu, lhe empurrando... consegue reconhecer se era se homem ou de mulher?

- Era de homem... firmes e fortes, grossa, grande, eu sei lá. - Ela falou limpando suas lágrimas.

- Tenha ideia de quem seja?- Perguntei, ela ficou em silêncio pensando.

- Eduardo? - Ela perguntou, apertei as mãos em forma de punho, sentindo meu sangue ferver.

- Por que ele faria mal à uma pessoa que "ama"? - Perguntei, ela deu de ombros.

- Pra lhe afetar. - Ela falou, suspirei.- Ou então Damares tenha contratado alguém para fazer isso comigo.

- Não sei quem fez isso com você, mas vou descobrir, e quando eu souber quem foi, eu não vou deixar passar Simone, dessa vez não. - Falei firmemente, vendo o olhar preocupado de Simone sobre mim, suspirei e ajudei ela a sentar direito na cama. - Vamos pra casa?

- Vamos. - Ela falou cabisbaixa, chamei o médico, e assim que ele chegou, ele passou alguns remédios pra Simone, e logo deixou com que ela fosse pra casa, lhe ajudei com suas coisas e logo saímos do hospital.

Estava em meu carro com Simone ao meu lado, enquanto Janja vinha atrás nos seguindo. Olhei para Simone por alguns segundos,vendo que ela encarava o que se passava por fora do carro, meio encolhida na sua.

- Estava sentindo muito a sua falta. - Falei colocando minha mão em sua coxa, ela logo colocou sua mão sobre a minha e entrelaçou nossos dedos.

- Eu também... não imagina o quanto. - Ela falou, sussurrando a última parte. - Como foi os shows, eu assisti todos, você estava incrivelmente mais linda que o normal.

- Obrigada... foi incrível, você ja abriu o twitter ultimamente, falam muito na gente...- Falei. - Ja que o que mais tem no meu Instagram, é foto com você, Isabela e Theo.

- Vi sim... Simoraya. - Simone disse sorrindo.- Pelo menos seus fãs reconhecem que você é realmente, só minha.

- Que mulher possessiva. - Falei sorrindo, ela sorriu também, e eu suspirei aliviada, me sentindo bem, por à ouvir sorrindo, à ver feliz, pelo menos um pouco.

Assim que chegamos em frente em casa, estacionei o carro e vi Janja atrás fazendo o mesmo. Assim que saímos do carro, fechei a porta e tranquei o carro, Janja fez o mesmo.

Janja e Simone caminhavam a minha frente, juntas, mas o que me incomodava, era uma sensação estranha, como se alguém estivesse nos vigiando, eu sentia olhares pesando em cima de mim, não estava ficando doida, mas assim que olhei para trás, olhei ao redor, mas nada tinha.

O Fim - Simoraya (Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora