Capítulo 4

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Park Jimin

Enquanto eu andava e procurava um lugar para dormir, vasculhei todas as coisas da minha mãe, mensagens, fotos e tudo mais. Acabei descobrindo que ela trai o doador de esperma-vulgo meu pai, acho que é por esse motivo que a porta de casa é tão grande, porque o tanto de homem com quem essa mulher conversa o chifre deve tá bem grande mesmo.

Eu duvido que ele traia ela, já que o idiota só falta lamber por onde ela passa, de uma forma ou de outra ela sempre se aproveitou dele.

Mandei umas fotos e prints pro, Jun-seo. Seu presente de aniversário de casamento, idiota.

Entrei no aplicativo do banco dela e tentei algumas senhas, eu sei que antigamente muitas coisas dela é meu nome, tentei de alguns jeito e acertei na terceira tentativa. Sério?? ParkJimin123?? Rolei os olhos pela criatividade dela.

Vi uma loja 24h que vende de tudo a alguns metros, chegando lá comprei um celular novo, um chip, alguns salgadinhos e paguei no pix. Formatei o celular que eu estava usando e dei pro homem, quando estava saindo vi algumas roupas, a minha já estava suada e me incomodando pelo calor.

Escolhi uma calça larga, mas fina que não esquenta muito e uma blusa de manga comprida do conjunto. Fui para o fundo da loja e usei o banheiro para me trocar, quando saí o homem só acenou com a cabeça, peguei uma barra de chocolate e sai. O celular que acabei de dar pra ele é de última geração, foi meu pagamento pelas roupas.

Continuei andando enquanto procurava um lugar para dormir, eu não tenho dinheiro comigo, os lugares só aceitam pagamentos na hora. Não podia pagar usando o dinheiro daquela mulher, caso contrário iam me encontrar.

Depois de um tempo andando sem rumo entrei em uma rua bem movimentada com pessoas para todo lado, dançando e se pegando.

Fiquei curioso e andei na direção deles, alguns entravam e saiam de um lugar que não soube dizer o que era, mas com certeza tem uma festa lá dentro, uma música alta passa pela porta aberta. Eu nunca fui em uma festa antes, a não ser de crianças e acompanhado ainda.

Comecei a entrar esbarrando em algumas pessoas que vinham na direção contrária para sair. Quando terminei de entrar vi uma multidão de pessoas dançando e pulando, gritando e cantando uma música que nunca ouvi.

Andei um pouco pelo local meio escuro sendo iluminado só com luzes coloridas piscando, me senti cansado por ter andado tanto, vi uns banquinhos em um lugar onde pessoas estão indo para pegar algo para beber, sem outra opção fui até lá e me sentei, tirei a bolsa das costas a deixando sobre minhas pernas.

Fiquei observando as pessoas dançando e se divertindo. Tae, já comentou desses lugares algumas vezes, ele falou que era bem legal, realmente parece.

- Vai querer alguma coisa...?- ignorei a voz pois não achei que era comigo, até sentir meu ombro ser cutucado e me virei para trás fitando o homem que parece esperar por uma resposta minha - Perguntei se vai querer alguma coisa. - olhei para aquele monte de garrafa, tombei a cabeça um pouco para o lado tentando saber o que é aquilo. Aaa, parece as coisas que tem no escritório do meu ex pai.

- Do que é aquele suco? - perguntei estreitando os olhos tentando ler o nome. Quando ele não me respondeu voltei meu olhar para o cara, ele estava me olhando meio estranho. - O que?

- Aquilo é uma bebida - Franzi o cenho, ele por acaso é besta?

- Ta...eu sei que é uma bebida, por que a gente bebe - voltei a olhar e nao achei nenhum que eu conhecia - Não tem nenhum de morango?

Ele revirou os olhos e me ignorou indo atender outra pessoa. Mau educado, eu tô com cede.

Uns cinco minutos depois ele voltou para perto e começou a colocar várias coisas em um copo.

Garoto ProblemaOnde histórias criam vida. Descubra agora