Sala de Espera
Quando será a minha vez?
Estou sentada nessa sala de espera.
Vejo todos sentados a minha volta nas cadeiras desconfortaveis de plástico velho. Sinto o cheiro de mofo,ouço o gotejar do galão de água, sinto o suor em minhas mãos.
Não chegamos do mesmo jeito, tão pouco no mesmo tempo, mas estamos todos aqui.
Um por um são chamados. A sala esvazia, a sala enche novamente, porém meu nome não é chamado.
Por sorte eu sou paciênciente, otimista,levemente insistente, ou até mesmo trouxa.
Eles vão sendo chamados, escolhidos,buscados.
Ganham as coisas que eu queria, os elogios que nunca me disseram, os sucessos que nunca me chegaram.
Eles vão indo.
E eu?
Ainda espero.
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O Eu Lírico De Ninguém
PoesíaUma coletânea de poesias meticulosamente escritas para representar os mais profundos sentimentos. Feita especialmente para ser lida a qualquer momento, permitindo experimentar um turbilhão de emoções. (Em revisão)