Capítulo dois

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993 d.C.:

Meses tinham se passado e os fundadores estavam brigando para saber onde que seriam suas salas comunais e, quem teria a maior.
Mas se contasse que a maior seria a de Salazar, será que eles me matariam?

_ Chega! - Dou um ponto final na gritaria. _ Sonserina ficará com as masmorras, Grifinória com a torre, Corvinal no quinto andar na ala oeste e Lufa-Lufa perto da cozinha.

_ E a sua? - Rowena dava algumas instruções para alguns elfos.

_ A minha? - Não poderia mudar nada, mas mesmo sabendo disso, fiquei chateada. _ Não posso mudar mais nada.

_ Mas pode ser uma sala comunal secreta, só alguns alunos poderiam entrar. - Pontuou Rowena.

Aquilo me faz lembrar de algo que minha mãe tinha me contado.

Quando estudava em Hogwarts, ela encontrou uma sala e a sala se chamava Sala Precisa, era encontrada por alunos que precisavam de algo, mas não sabia como ela foi criada, mas e se...

_ Sala Precisa.

_ Como? - Perguntou confusa.

_ Quando minha mãe estudava aqui, ela me disse que encontrou uma sala no sétimo andar chamada Sala Precisa. - Fiquei os observando. _ Posso tentar fazer a Sala Precisa.

_ E ela será a sua Sala Comunal? - Salazar perguntou confuso.

_ Não quero fazer uma sala para mim, apenas preciso de um lugar para dormir sem ser no salão comunal da Sonserina. Aí podemos nos encontrar lá, quando vocês tiverem tempo, ou quando Salazar sair da câmara secreta. - Percebo a minha burrada. _ Merda.

_ Salazar, qual é o seu problema? - Perguntou Helga.

_ Não usarei o basilisco para matar ninguém. - Desviou o olhar.

_ Você odeia sangues impuros e isso é desde criança! - Quase gritou. _ Para mim, sangue não tem diferença.

_ Helga, você nunca irá entender. - Ficou amuado e se virou para mim. _ Gostei de sua ideia, pequena rata. - Fiquei emburrada.

_ Não sou uma rata, já disse milhares de vezes! - Aproximei-me dele.

_ Você é uma rata, vive fuxicando a vida alheia.

_ Olha aqui, seu velho rabugento...

_ Acho que tenho que concordar com o Salazar. - Godric tentou apaziguar o clima.

_ Irá chover. - Rowena zombou. _ Você concordando com Salazar?

_ Rowena! - Ficou vermelho.

Deixei-os discutindo e subi correndo a grande escadaria.
Quando cheguei no sétimo andar, estava ofegante e parecia que teria um infarto, coloquei minhas mãos nos joelhos, tentando recuperar o fôlego e vi a parede no final do corredor.

Vou até ela e percebo que estava fluindo magia, coloco a mão nela e sinto uma sensação boa de conforto. Parecia que respirava.
Coloquei meu rosto na parede e sinto que gostou daquilo, era estranho, mas fascinante.

Pego a varinha que estava na minha capa e digo um feitiço que aprendi a semanas atrás.

_ Rursus. - Vejo uma bolinha preta eletrizante sair da minha varinha e ir em direção da parede.

A parede se mexeu e mudou de cor, pensei que tinha feito algo de errado, mas um espectro saiu da parede.
Era uma menina pequena e parecia um fantasma. A garota sorriu e flutuou em minha direção.

_ Finalmente alguém me encontrou! - Ainda sorria. _ Prazer em conhecê-la, sou uma sala, mais precisamente a sala que todos precisam, apareço para aqueles que precisam de mim e me escondo para aqueles que não, me chame três vezes e visualize a sala que deseja. - Rodopiou no ar.

Contornado ~Salazar Slytherin~Onde histórias criam vida. Descubra agora