Capítulo quatro

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993 d.C.:

O céu ao lado de fora era um mistério para mim, já que não podia vê-lo de onde estava. Estava no quarto que a sala precisa fez para Salazar, já que o meu me lembrava do meu avô.

Quando conheci meu avô, tinha seis anos, estávamos fugindo dos aurores que tentavam de todas as maneiras capturar os Comensais.

Meus pais eram Comensais da Morte e tinham que fugir, e claro, fui junto.
Aprendi várias coisas ao longo do tempo e uma delas foi não fazer magia negra na presença do vovô.

Ele era aliado da luz e odiava qualquer coisa que envolvia as trevas, menos meu pai.

Quando comecei a dar indícios de magia, ele me pegou para aprender magia branca, mas meus poderes não eram bons em fazer esse tipo de magia e por esse motivo, começou a me chamar de "filha do demônio, ou filha do diabo".

Minha mãe, quando escutou isso, ficou chateada, mas no mesmo ano, ela começou a me ensinar magia das trevas sem meu avô saber, porém, um dia ele descobriu e me culpou, me punindo por isso.

Ele me trancava no porão e me submetia a Crucius, não por minutos e sim, por horas.

E como tinha resistência um pouco melhor para esse tipo de feitiço, ele começou a me bater. Minha mãe não via isso, porque estava fora de casa, descobrindo onde os aurores estavam.

Passei anos na casa do meu avô e nesses anos, fui punida.

Por isso que tinha medo de coisas rústicas, elas me lembravam a pior época da minha vida.

Contudo, só fomos embora da casa do meu avô porque os aurores descobriram que estávamos lá, se não fosse por isso, estaria morta ou algo pior.

Suspirei, olhando para o teto de pedra e fico pensando nos dias que se passaram. Não foi nada interessante, apenas continuei ajudando a fazer mais salas no castelo e estudando língua de cobra com Salazar.

Queria fazer algo diferente, mas nenhuma ideia vinha na minha cabeça.

_ Melissa? - A chamei e em poucos segundos ela atravessou a parede. _ Me dê alguma ideia, preciso fazer alguma coisa.

_ Durma. - Opinou. _ Ou vá na cozinha e pegue algumas coisas gostosas, faça um piquenique. - Sentei-me e sorri para ela.

_ Ótima ideia. - Saio da cama e abro a porta do quarto. _ Obrigada pela ideia, Melissa.

_ Ao seu dispor. - Dou tchau para ela e saio da sala, indo até a cozinha.

Desço os degraus da grande escadaria e fico cantarolando uma música qualquer.

Depois de descer a escadaria das masmorras, entro na cozinha.

_ Debby. - A vejo.

_ Quinta fundadora. - Disseram os elfos que estavam trabalhando.

_ Oi. - Debby veio até mim. _ Poderia preparar pratos que Salazar gosta para um piquenique?

_ Claro, onde será o piquenique? Para que eu possa deixar tudo pronto para a senhorita. - Ela era muito inteligente.

_ Faremos no pé da árvore que fica em volta do Lago Negro. - Concordou.

Saio da cozinha, afinal, tinha que procurar Salazar.

Subo os degraus um por um, e me encosto na parede para pensar onde Salazar poderia estar.

O homem se escondia na biblioteca de vez em quando, mas também se escondia na câmara, ou no meu salão comunal. Agora era só escolher um desses três lugares.

Contornado ~Salazar Slytherin~Onde histórias criam vida. Descubra agora