Capítulo oito

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995 d.C.:

O céu azul estava bonito e as nuvens brancas faziam várias formas que gostava de observar.

Estava sentada no pátio da escola, enquanto meninas de todas as idades faziam tranças, ou via o bebê se mexendo na minha barriga.

Sim, bebê. Estava grávida de quase nove meses e ainda não poderia acreditar que seria mãe. Era uma sensação tão gostosa e estranha.

Depois de um mês de casados, comecei a me sentir mal, vomitava quase todas as manhãs e odiava suco de abóbora, ou algo que me lembrava laranja.

Salazar pensou que era alguma infecção, e as meninas sorriam toda vez que eu vomitava.

E logo elas falaram alegremente: você está grávida!

Salazar caiu para trás e desmaiou, mas fiquei atônita, não sabia o que fazer, se ria ou chorava.

Foi uma grande surpresa e quando Salazar acordou, ele me pegou chorando, até mesmo disse que iria tirar nove meses de férias apenas para cuidar de mim.

Naquele momento apenas o abracei e continuei chorando, iríamos ter uma família. Estava emocionada e feliz naquele dia.

Mas o primeiro mês foi horrível, vômitos e mais vômitos, desejos estranhos que sinto nojo às vezes de me lembrar.

O segundo mês, continuava vomitando, mas era bem menos, Salazar sempre conversava com o bebê e aquilo era fantástico para mim, era um sentimento bom.

O pai amava a criança e isso era tão difícil de se ver.

Quando descobri que estava grávida tive medo, mas depois lembrei que a época em que estava era diferente.

Ter filhos era uma benção e não o oposto.

No terceiro mês, a minha barriga começou a crescer e Salazar ficou um pai e marido bobão. Minhas roupas tiveram que ser alargadas e meu marido sempre me enchia de elogios.

"A grávida mais linda."

"A mulher mais linda e maravilhosa do mundo inteiro."

"A dona do meu coração."

Sempre era elogios que me fazia suspirar, mas tinha os elogios que batia nele, já que ainda me chamava de vez em quando de pequena rata e odiava esse apelido.

Era um apelido estranho e com um significado idiota.

No quarto mês, Rowena me contou que tinha um feitiço para saber se era menino ou menina, e descobri que meu bebê era um menino.

Salazar ficou maravilhado com a notícia e me rodopiou no ar, até comentou para a escola toda que teria um menino, seu menininho.

Ele estava radiante com a descoberta e apenas sorria, vendo sua felicidade, ele era um homem perfeito, claro que ele tinha seus defeitos, mas eram defeitos que poderia amar e poderia ajudá-lo a melhorar, éramos um só, desde o nosso casamento.

No quinto mês, já andava um pouco ansiosa, queria pegar meu bebê no colo, queria cheirá-lo e amamentá-lo, só queria meu bebê nos meus braços.

Contudo, Salazar continuava me ensinando língua das cobras e quando me ensinou a palavra "eu te amo", o bebê chutou a minha barriga.

E devido a isso, descobrimos que o bebê entendia língua das serpentes e respondia quando Salazar, ou eu, conversávamos com ele, claro, com chutes. Salazar ficou admirado e contente.

"Nosso filho já é muito inteligente."

Falou quando estávamos embaixo de uma árvore, degustando algumas maçãs. Naquele dia ele apenas alisava minha barriga e o bebê se mexia, o fazendo sorrir com aquele momento.

Contornado ~Salazar Slytherin~Onde histórias criam vida. Descubra agora