Agora

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— Você não deve dar atenção para o que as pessoas dizem, amiga. — Disse Caio
distraidamente enquanto tentava encontrar o cartão de crédito para pagar o lanche que
comprou para nós. — Aqui, moça. Escuta — falou olhando para mim — vamos ao
cinema hoje, assistir àquele filme de cachorro que você estava louca para ver.
— Ah, ótimo, filme de cachorro para me fazer chorar — Ele riu e mordeu o sanduíche
— você sabe que...
Mal vimos quando outra garota chegou perto de nós e destilou a mesma maldita
pergunta:
— Ei! Aquela ali é mesmo sua mãe? — Disse rindo.
— Dá um tempo! — Caio quase engasgou e começou a rir — vocês querem que eu
venha com uma camisa escrito ― Filha da Andressa ― e ela com outra com ―mãe da
Mariana‖?
— Daria uma ótima fantasia de carnaval — Falou Caio, rindo, enquanto a garota olhava
para mim espantada com minha raiva repentina .
— Cala a boca — falei rindo também — olha, moça, eu não sei quem você é, mas sim,
ela é minha mãe, agora sai daqui! Anda! — A garota abaixou a cabeça e saiu.
— Mariana? — A voz da minha mãe atrás de mim me fez congelar — querida, tá tudo
bem? — Claro que ela tinha ouvido. Acho que o refeitório inteiro ouviu meu ataque de
pelanca.

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