A Profecia

Pretérito

Oi, gente. Espero que estejam bem.

Uma dica: faculdade é sobre um surto depois do outro. Saibam disso. Ou tu entrega os trablhos ou tem uma vida. Os dois impossível.

Feito meu desabafo, vamos ao capítulo.

Olha só, gente. Se alguém souber/quiser fazer uma capa legal, tô aceitando. Infelizmente sou péssimo nisso, mas vou tentar mudar e pôr uma menos pior.

É isso. Espero que gostem.

Boa leitura

Scott era bonito. Fato. Assim constatou Isaac em seus pensamentos naquele breve instante de proximidade. Os olhos do moreno não desviaram de Isaac, contudo, foi a boca quem chamou atenção do loiro. Seu lobo arranhou. Isaac, quase que de forma inconsciente, levantou-se. Fez isso sem pressa. Scott acabou imitando.

Scott: Tudo bem? – olhou para os lados, mas não viu sinal de animal ou qualquer outro que pudesse ser motivo para a mudança de posição do loiro.

Isaac: Tudo certo, não se preocupe. 

A verdade é que se continuasse tão perto do moreno, seu lobo acabaria tomando a dianteira, afinal é lua cheia e Lahey sente seus efeitos também. 
Isso quer dizer que havia algo no garoto à sua frente que fez seu lobo reagir. Também pudera. Scott tinha alguma coisa além do seu jeito de olhar, ou o fato de sua beleza (cada vez mais óbvia para o loiro) estar mais evidente esta noite. Sem falar que, estando tão perto, ficou impossível não perceber aqueles lábios. Algo neles atraiu Lahey naquele momento. Fosse influência da lua, do lobo, do próprio Isaac – ou todas as opções anteriores –, Lahey  ficou "distraído" com esse pormenor, restando apenas a opção de frear isso. Não que a curiosidade a respeito parecesse algo ruim, apenas reagiu por reflexo.

Isaac: Quero te mostrar algo.

Os olhos de Lahey brilharam e Scott correspondeu imediatamente. McCall sentiu seus olhos mudarem brevemente.

Isaac: Esse é o olhar que só lobisomens de uma mesma alcateia compartilham. Tem um brilho que só nós podemos perceber a diferença. Quer dizer que se Derek mordesse alguém que mora em outro país e fôssemos pra lá, a troca de olhares nos diria que somos companheiros de matilha.

Scott considerou interessante, mas não percebeu que o outro falava só para distrair a si mesmo. Isaac só conseguia pensar em mudar de foco.

Isaac: Lembra que quando uivamos para chamar a atenção do Liam, você repetiu por instinto? – Scott assentiu – É a mesma coisa. Como alcateia, nossa ligação é tão ou mais forte que entre pessoas do mesmo sangue.

Por um instante,  a mente de Isaac o levou até mãe e irmão que o deixaram para trás ou no dia que Agnes matou sua antiga alcateia. Mas não queria lembrar de nada disso. Seria um risco. São dores muito profundas e deixariam seu lobo agitado a ponto de tomar o controle. 

Isaac: Quê  acha de voltarmos para a mansão? Não vai demorar para amanhecer. Acho que o pior já passou. Também quero saber como estão as coisas com o beta recém-chegado.

Scott: Acha que ele é um risco? Sei que ele salvou aquelas pessoas, mas não sabemos quase nada até agora. 

Isaac: Acho que não. Ainda mais que ele está sozinho e somos vários… Vamos?

Scott apenas concordou e seguiu Isaac dali pra frente. Contudo, conforme andavam, era óbvia a mudança. Não havia mais aquela leveza. O cheiro nada agradável começou a invadir as narinas do moreno. E mesmo querendo ajudar, Scott ficou quieto. Se Isaac quisesse falar, já teria feito. 

Mesmo tentando evitar, a mente do loiro trazia a ausência de sua família à tona. Por que foram embora? Por que deixaram Isaac como se não importasse? Talvez fosse exatamente por isso. Isaac não era importante. Nunca foi. Deve ser essa a razão de Oliver ter preferido obedecer o pai a assumir o relacionamento dos dois no passado. Isaac era esquecível e dispensável, alguém sem graça alguma, por isso todos acabam se arrependendo de tê-lo por perto com o tempo.