Prólogo - Ciao ciao

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— Espero que me ligue assim que chegar e todos os dias para dizer como está, capisci figlia?

— Va bene mamma. — a respondo ao mesmo tempo que enterro meu rosto na curva de seu pescoço, sentindo o cheiro de seu shampoo de pêssego.

Me afasto olhando para todos, já sentindo saudades, mesmo sem ainda ter partido. Mudanças doem, saudade da família, do nosso lar, machuca, mas é necessário para se ter liberdade e a realização de sonhos.

Dou mais um abraço em minha mãe, Alessia. Sigo abraçando meu pai, Matteo e meus irmãos Giovanni e Davide. Eles praticamente me engolem em um abraço em grupo, eles são muito mais altos que eu, tanto é que sou apelidada de bambina, desde que me entendo por gente.

— Minha bambina, il papà vai sentir tanto a sua falta. Minha menina preciosa. — choro ainda mais quando o escuto falar com a voz embargada.

— Oh papà, logo virei visitar e vocês também podem e devem ir me ver, afinal, Florença e Los Angeles não são tão distantes assim, estaremos há apenas 9.976 km de distância. — rio em meio ao choro.

Me despeço novamente de todos, enquanto escuto o meu voo ser chamado, pego minhas malas e sigo para a direção que se encontra o meu portão de embarque, ainda olhando para trás e vendo aqueles rostos familiares e tão amados ficarem cada vez mais distantes e turvos, devido as lágrimas.

Encontro o meu assento e me aconchego nele, choro por mais alguns minutos e durmo. Acordei poucas vezes durante o voo, apenas para comer e ir ao banheiro, tornando a dormir novamente. Amo andar de avião e acabo dormindo a maior parte do tempo, não sinto medo ou desconforto como muitos, para mim é mais que tranquilizante.

***

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