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Mais um dia de buscas pelo pai biológico de Olívia. Faz três dias que estamos vindo na mesma empresa de publicidade e nada dele. Já estou impaciente e matei uma aula para ficar aqui parada escondida atrás de arbustos.

-Eu tenho certeza que vou encontrá-lo hoje!

-Claro, ou então o segurança vai nos ver e nos mandar para a diretoria da escola como das últimas duas vezes!

-Não seja pessimista.

-Ele vai nos ver eu sei que vai!- disse e me virei para trás dando de cara com ele.

-Alice porque está calada?- disse se virando e dando de cara com ele também - Puta merda corre!

Dito isso começamos a correr como loucas pelas ruas, virando qualquer esquina para distraí-lo. Mas Liv virou um pouco antes achando ter pego um atalho mas acabou nos levando a um beco sem saída. Droga de bairros ricos cheios de casas grandes.

-Vem!- dito isso pulo na janela aberta de uma casa de sei lá uns três andares fazendo sinal para segui-la.

-Sua louca! - falei enquanto pulava a janela.

Ela levou o dedo indicador a boca em sinal de silêncio. Logo em seguida se escondeu atrás da porta que saía do cômodo . Era lindo e chique, parecia um escritório de reuniões com uma mesa de madeira num estilo retrô, aliás tudo era retrô mas dava um ar chique ao lugar. Passos pesados interromperam meus pensamentos. Observei o lugar desesperada procurando onde me esconder. Corri para um armário fechado que por sorte era de casacos e me espremi agachada numa parte escura torcendo para ninguém vir aqui.

-Eu já disse Thomas não vou cortar a mesada você vai depender de mim de um jeito ou de outro então eu espero que não continuemos com essa discussão inútil!-um homem com uma voz bem grossa berrava para o tal de Thomas-Agora eu vou para casa encontrar sua mãe e espero que tenha entendido. E cuide da sua irmã .

E nesse momento a campainha tocou. Obviamente o segurança boboca achou a porta da casa que entramos. Liv fez sinal para subirmos para o segundo andar e saímos de fininho pelos corredores. Eu subi primeiro mas como ouvi mais passos corri desesperada para cima entrando na primeira porta que vi. Droga! Estou em um quarto masculino, provavelmente do tal Thomas. Chego perto de uma escrivaninha e vejo um retrato de dois garotos e uma garota rindo. Ele é bem organizado para um garoto ou então tem criadas para arrumar o quarto.

-O que você faz aqui?-uma voz masculina sexy diz atrás de mim.

-Oh desculpe, estava procurando sua irmã mas devo ter errado o quarto.-e o prêmio de melhor mentira do ano vai para....EU!Obaaa.

-Essas amigas que ela arranja. As criadas devem saber onde ela está .-sabia que ele tinha criadas!- Agora saia!

-Nossa seu grosso!- finjo estar ofendida e saio.

Desço fingindo que sei para onde vou , e educadamente dou um cutucão em uma criada perguntando se ela viu a Liv andando pela casa. Ela diz que a viu com uma tal de Amanda e me ensina o caminho da sala onde ela encontra as amigas. Que chique, eu só tenho uma sala de estar e ela é minúscula e quase sem móveis.

Bato na porta da sala de estar e uma garota de cabelos negros (ou morena como alguns falam) abre toda sorridente e me pede para entrar. Como ela é simpática com desconhecidos ~diferente do irmão~. Vejo Olívia devorando algumas bolachas e a garota me pede para sentar.

-Meu nome é Amanda, mais pode me chamar de Ammy se quiser. Muito prazer.

-Ela adorou esse apelido! Afinal, sou muito criativa.-Liv se gabou.

-Alice. Mas então, porque não chutou a gente? Invadimos sua casa!

-Eu odeio o George , que é o segurança que trabalha para o papai.

-O pai dela é dono da SWAN'S ENTERTAINMENT !

-Por isso são ricos!-discreta eu? sempre!

-Nossa olha a hora!-minha amiga querida berra- Temos que correr se a Natália for nos dar carona.

-Eu levo vocês até a porta.-a Anjinha (vou chamar assim agora) nos leva educadamente até a saída.

-Muito obrigada e nos ligue qualquer dia para sairmos!-Olívia bocuda.

-Claro!Até mais.

Depois dela fechar a porta vamos correndo em direção a escola que deve estar a quadras daqui. Chego exausta e deito no pequeno jardim da escola. Já perdemos a última aula então não há mais nada a fazer a não ser esperar dar a hora e esperar nossa mãe nos dar a bendita carona do terror.Porque é tenso o clima entre eu e ela.

-Eu odeio quando ela me obriga a chamá-la de mãe.-ela solta num tom calmo.

-Ela te adora, até mais que eu.

Quando eu tinha cinco anos, meu pai foi embora de casa. Minha mãe ficou muito triste por dias sem ter como me dar atenção alguma, então decidiu adotar uma garotinha da mesma idade para me fazer companhia.Ela não queria a Olívia no começo, mas ela veio falar comigo e nos demos tão bem que minha mãe teve que levá-la. Ela viu meu irmão mais novo nascer de um caso que nossa mãe teve e depois ficou mal de novo por o cara ter sumido.E até hoje ela está conosco e resolveu nos últimos meses encontrar seus pais biológicos para irmos a tão desejada viagem a Paris.Sim ela planeja isso desde os 4 anos quando uma moça que morava lá foi visitar o orfanato e foi muito legal com ela em especial.

Olívia é um anjo que uma força maior pois para cuidarmos uma da outra.




As Irmãs MillerOnde histórias criam vida. Descubra agora