"Juntos estaremos"

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Clara narrando:
Regresar para a minha cidade,casa, enfim para a minha vida, não foi algo fácil, muitas coisas haviam mudado. A casa estava exatamente como eu havia deixado, quando fugir, minha carta, estava aberta jogada na mesa de jantar, meu coração acelerou, quando eu vi aquela carta, pois ela simbolizava liberdade, representava todos os meus sonhos, voltar significava regredir? Significava que eu havia me perdido no que era real e no que eu almejei. Não quero nem dizer como está a minha relação com a minha mãe, não julgo ela, pois imagino o peso da culpa que ela carregou nos braços sozinha. Ver ela triste me partia o coração. Mas, não podíamos continuar naquela tristeza profunda, nos éramos felizes antes, será que toda essa tristeza era culpa minha? Bom, se torturar em pensamentos nunca foi do meu feitio. Era momento de levantar-se do chão, e sairmos daquele poço sem fundo, em que eu nós meti. Afinal, agora não éramos só nós duas, antes de receber alta do hospital, eu fui submetida a uma bateria de exames, e em um desses exames, o resultado deu positivo para uma gestação, a médica ficou admirada por eu não ter perdido o bebê, no acidente. Talvez fosse um verdadeiro milagre divino, um sinal de que agora estaria começando um novo ciclo de bençãos na minha vida. Agora mais do que nunca, precisa ser forte, e lutar para dar um bom futuro para o meu bebê.
— Mãe, precisamos ter uma conversa. Disse me sentando ao lado dela no sofá, ela estava chorando, então entreguei para ela um lencinho.
— Sobre o que filha? Ela questionou limpando as lágrimas.
— Nosso futuro, eu sei que muitas coisas mudaram, e acredite, a partir de agora mudará mais ainda.
— Por que minha filha? Sua irmã me desculpou?
— Não, mamãe! Esquece um pouco essa história, da um tempo para ela, não é a senhora que diz que o tempo cura tudo?!
— Verdade minha filha! Ela disse me abraçando.
— Mamãe, eu estou grávida! Eu disse com uma alegria indescritível. Ela ficou surpresa, mas depois me entendeu.
— Você vai contar para o pai?
— Não! Será melhor que ele não saiba. Nesse momento ele deve estar se casando. Eu disse com um aperto em meu coração.

Melissa narrando:

Os sinos da igreja soavam, avisando que a cerimônia estava prestes á começar

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Os sinos da igreja soavam, avisando que a cerimônia estava prestes á começar. Os convidados já estavam dentro da igreja, aguardando o momento tão esperado,e eu estava no carro, sozinha com os meus pensamentos. Os fotógrafos, repórteres é a imprensa inteira de todos os cantos, estavam contando os segundos para tirar fotos, ter imagens do evento do ano, almejavam criar notícias minhas é dele,o asedio deles era tão grande, que o meu carro estava rodeado de pessoas sedentas por notícias, mas eu não estava focada nisso, pelo menos eu estava tentando, eu estava esperando ansiosamente o meu momento, o momento de entrar lá, e tê-lo finalmente só para mim, para sempre! Para todo sempre!
— Juntos seremos, juntos estaremos! Eu sussurrei para mim mesma, no intuito de encorajar-me para sair do carro, e caminhar até o altar. Ao sair do carro uma multidão de repórteres,veio ao redor de mim, para tirar fotos, os meus seguranças fizeram um círculo para me proteger do assédio deles. Eu fiquei de frente para a porta da igreja, esperando o momento certo para fazer a minha entrada triunfal.

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