1. Abrigo

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🌓


Park Jimin entra na pequena padaria que frequentava desde os tempos de escola com urgência.

A velha proprietária parece aflita e solta um suspiro de alívio quando o vê.

— Jimin-ah! Que bom que veio! Por que está sem sua farda? – ela pergunta, notando que ele vestia roupas comuns.

— Tia Lee, é a minha folga, mas não se preocupe. Me conte o que aconteceu – ele assegura com um sorriso gentil.

— Ele entrou aqui e pegou um dos pães. Vestia roupas muito esquisistas e quando viu que eu tinha notado o furto, saiu correndo e ainda derrubou a prateleira. Eu sempre o vejo rondando por aí. O senhor Yang disse que ele tentou roubar lá também. Te chamei porque não sei se ele é só um sem teto, ou se é perigoso – a velhinha conclui.

Pedindo uma descrição detalhada do tal sujeito e a direção em que ele tinha fugido, Jimin sai a sua procura.

Apesar de ser sua folga, os comerciantes do bairro eram todos seus amigos, já que ele morava por ali, e qualquer incidente, costumavam chamá-lo pessoalmente, todos eles tinham seu número pessoal, e se orgulhavam agora que ele era um policial formado.

Por conta disso, o jovem policial também costumava ser paparicado por todos, que sempre o davam algum agrado, mesmo ele insistindo em pagar.

Se aproximando de um beco, Jimin percebe um pouco de sangue no chão e sabe imediatamente que o indivíduo tinha entrado por ali. Provavelmente tinha se machucado no esbarrão com a prateleira, como a proprietária do estabelecimento tinha descrito.

Jimin avisa que é da polícia e solicita que a pessoa se apresente, não obtendo nenhuma resposta. Percebendo uma sutil movimentação atrás de uma lata de lixo, ele grita novamente para que a pessoa saia.

Sem obter resposta, ele tira sua lanterna do bolso e liga, apontando-a na direção do esconderijo e iluminando o rosto do sujeito, que em seguida tenta correr passando por ele.

O policial agarra o suspeito pelo braço, dando a volta às suas costas, o imobilizando, enquanto ele se debatia tentando se soltar.

Gritando para que parasse de tentar fugir, o policial percebe que o indivíduo se encolhe, tapando os ouvido com a mão livre, parecendo assustado.

Jimin o puxa para fora do beco o avaliando na luminosidade da rua, e se surpreende com o que vê.

O rapaz, como ele observa, notando seu rosto de aparência jovem, estava muito mal vestido para o frio que fazia. Sua roupa parecia uma espécie de túnica feita de um tecido fino, e estava imunda.

O jovem de cabelos escuros tinha a boca interinamente rachada, tremia compulsivamente, e o policial não sabia se o tremor era maior por conta do frio, ou do medo estampado em seu rosto.

Também era perceptível que seu ombro direito sangrava, e seus pés descalços estavam machucados. Ele parecia muito fraco e provavelmente estava com fome.

Os olhos do jovem policial ficam marejados ao ver a situação do homem à sua frente. Não era surpresa que tivesse sido pego tentando roubar.

Jimin solta o braço que esteve segurando com força, e o jovem se encolhe rapidamente, protegendo a cabeça com os eles, o corpo todo ainda tremendo.

— Por que está aqui fora nesse frio? Onde está sua família, garoto? – ele pergunta com suavidade, mas o outro continua na mesma posição.

— Está com fome? Está muito machucado? – ele se abaixa e o toca no braço.

Antevasin | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora