4. O Arcano Seis

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— O que está acontecendo aqui? Ele está quase morto! – o alfa bastardo profere irritado e os presentes se entreolham.

— Eu fiz uma pergunta! – Kim Namjoon se aproxima do responsável, o encarando desafiador.

— Somente estamos cumprindo ordens do rei – o carcereiro responde, irritado em estar sendo questionado.

— As ordens de Sua Majestade eram matá-lo? – o alfa questiona sarcástico e o outro fecha os punhos.

— Está tudo sobre controle, não te preocupes – o soldado se defende.

Namjoon revira os olhos.

Os soldados de seu pai além de cruéis demais ainda eram burros.

Deixando de lado o quão desumano era aquilo, ainda por cima aquela não era uma forma inteligente de conduzir um interrogatório.

O prisioneiro estava quase morto no momento, incapaz de responder qualquer questionamento.

Ele parecia extremamente magro, provavelmente não estavam alimentando-o direito.

— Não é o que parece – o alfa bastardo reponde com desdém, analisando a situação do homem caído no chão da cela. — Usem seus cérebros pelo menos uma vez. Um homem morto não fala, um homem desmaiado de fome e dor não fala. E considerando a fúria com que o rei voltou do conselho, ambos sabemos que ele precisa falar – ele completa.

Os soldados se entreolham temerosos.

A maior parte dos homens de confiança do rei odiavam o alfa bastardo, o qual não precisavam respeitar como à um príncipe legítimo, mas também não podiam contrariar enquanto o rei o mantivesse por perto.

E é pressionando os punhos com irritação, que o soldado carcereiro assente, fazendo sinal para tratarem dos ferimentos do prisioneiro.

Por mais que odiassem concordar com ele, Kim Namjoon tinha razão.

O homem estava praticamente morto, e mortos não falam.

🌓🌓🌓

— Pra que toda essa pressa Park? - o policial pergunta achando graça da urgência do parceiro em chegar em casa.

— O quê? Eu não tô com pressa, hyung – Jimin diz na defensiva.

— Ah então nem vou te oferecer a carona até em casa então...

— Você ia me oferecer uma carona? – Jimin sorri manhoso, se pendurando no braço do colega que começa a rir.

Ninguém na delegacia resistia a fofura de Park Jimin.

Contrariando a própria fala, o jovem policial desembarca do carro do colega com pressa, se despedindo rapidamente, e sobe as escadas do pequeno edifício de quatro andares correndo.

Jungkook tinha ficado apreensivo quando Jimin o deixou sozinho na noite anterior, o que por consequência deixou o policial apreensivo também, durante todas as doze horas de sua jornada de trabalho.

Olhando no relógio, Jimin vê que eram oito e meia da manhã.

Jungkook tinha ficado sozinho em casa por treze horas, aproximadamente.

Ao entrar no apartamento Jimin ouve o barulho da televisão ligada.

Ele ri sozinho se lembrando do tamanho que os olhos do moreno tinham ficado na tarde anterior, quando tinha lhe mostrado o aparelho.

Foram horas de assombro do outro enquanto o policial ensinava como usar o controle remoto.

Passando da entrada já era possível enxergar as costas do sofá, e Jimin tem o impulso de deitar no chão de ternura ao ver no topo do apoio um par de olhos negros espiando, de certo para ver quem tinha entrado.

Antevasin | JikookOnde histórias criam vida. Descubra agora