Antevasin | Jikook

6. Febre

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— Como esperado, os rumores sobre suas habilidades magníficas eram somente rumores. Olhe só para sua insignificância – o soberano do reino do norte profere as palavras com desprezo enquanto um de seus soldados joga o homem de mechas douradas de joelhos na beira do precipício.

— Sabes de uma coisa? Como nosso jovem comandante aqui comentou com seu raciocínio rápido, tu provavelmente sabes que vais morrer de qualquer forma, e decidistes fazer um último sacrifício ao se manteres calado, ao invés de contares para onde mandaste o ômega – o monarca revela e o olhar do alfa de joelhos se cruza momentaneamente com o homem citado, que desvia o olhar do seu.

— Portanto decidi oferecer-te uma última opção, mago. Ou me dizes para onde enviou o ômega, ou depois de teres o coração atravessado por uma espada, jogarei seu corpo penhasco abaixo para que apodreças ao ar livre, sem nenhum direito à um funeral apropriado, ou sequer um enterro. Com isso, tua alma será condenada à vagar por toda a eternidade. Ouvi dizer que para um mago esse é o mais horrível dos destinos – o alfa lúpus sorri com maldade e os outros presentes desviam o olhar.

Aquilo era de extrema crueldade.

— Diga-me onde ele está, e tens minha palavra que após sua morte rápida, darei um jeito de entregar seu corpo para o Sul, para um funeral apropriado – o lúpus garante.

Jung Hoseok sorri brevemente antes de cuspir na direção do rei, que transforma a expressão cruel para uma irada.

— Mate-o! – ele dá a ordem para o soldado à sua esquerda e estende à ele sua espada.

O soldado que vinha sendo testado e treinado para comandar seu exército, como seu braço direito.

Era quem o rei tinha pessoalmente trazido ainda muito jovem do reino do Oeste. Aquele que todos sabiam ser seu filho bastardo, mas que ninguém se atrevia a abordar o assunto abertamente.

Kim Namjoon toma a espada da mão do rei e se aproxima do alfa de joelhos com convicção.

Homens ou mulheres com poderes mágicos eram muito raros, em qualquer um dos reinos da Aliança, e tirar a vida de um deles, considerados abençoados pela própria deusa, era considerado mau agouro.

Aquilo com certeza era mais um dos testes do monarca, para verificar a lealdade cega que queria presente no bastardo.

— Últimas palavras? – o bastardo pergunta e aponta a espada para o mago alfa.

Jung Hoseok sorri e assente com a cabeça.

Quando abre a boca, sua fala sai estranha. Sua frase é irreconhecível, em uma língua estranha.

Antes que qualquer um dos presentes tenha alguma reação, as amarras caem de seus pulsos e ele se levanta.

O alfa bastardo arregala os olhos surpreso e tenta atacar em resposta, mas o mago profere uma palavra estranha e estende a mão tomando a espada para si, como se por magnetismo.

Os soldados avançam em sua direção, mas o homem de mechas loiras coloca a espada no pescoço do alfa bastardo, se posicionando às suas costas.

— Um movimento qualquer e eu juro que o mato – ele sibila próximo ao ouvido do bastardo, tornando sua ameaça real.

Magos da ordem eram fisicamente incapazes de mentir.

— Peças para seus homens baixarem suas armas agora, ou ele morre. Ouvi de um de teus soldados comentando que ele é seu filho – o mago diz, mas para sua surpresa o rei começa a rir.

— Achas que eu colocaria tudo a perder por conta de um bastardo inútil? – o monarca escarnece. – O único filho que tenho é meu herdeiro, Lee Seunghyun, que se casará com Jeon Hyeojoon, sei que sabes de quem se trata, e transformará Norte e o Sul em um só, e logo depois, toda a Aliança – Lee Soman zomba.