capítulo 5

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Freen

Quando eu era criança meus pais brigavam muito e eu me perguntava as vezes " será que o problema sou eu?"
Eu sempre estive com essa dúvida em meus pensamentos até que um dia essa dúvida foi esclarecida mais não foi por uma maneira amigável e sim da pior forma possível de resolver.

*Dez anos atrás*

Freen- papai o que você estar fazendo deitado aqui no chão - falo indo em sua direção e sentando ao seu lado.

Augusto- SAI DAQUI GAROTA IRRITANTE NÃO ESTÁ VENDO QUE EU NÃO TÔ BEM! - Ele gritou comigo e o bafo dele fedia a cachaça.

Freen- você bebeu de novo não foi? Sabe que a mamãe não gosta de que você beba - falei me afastando dele e indo até a escada.

Augusto- e você garota por que ainda está acordada a essa hora! Já passa da meia noite, lugar de criança e na cama!

Freen- mamãe ainda não voltou pra casa e eu não consegui dormir direito - falo olhando pra ele.

Augusto- sabe de uma coisa? Eu estou cansado de ver sua cara todo os dias, eu nunca quis que você nascesse - disse se aproximando de mim.

Segurei ao máximo minhas lágrimas e sai andando em direção ao meu quarto, ele veio atrás de mim mas felizmente eu fechei a porta antes que ele chega se.
Ele começou a dar chutes fortes na porta, eu tinha uma única opção que era sair pela janela do quarto.
Eu estava acostumada a sair pela janela então não foi tão difícil de desce.

Depois que eu desce ele conseguiu abrir o quarto mais viu que eu não estava dentro dele, eu estava com medo que ele me pegasse então eu corri em direção a rua mais acabei não vendo o carro, eu fui parar no hospital com muito sangue pelo meu corpo.

*Dias atuais*

Essas lembranças acabam virando pesadelos quando eu vou dormir, depois desse dia eu fiquei quase um ano em coma no hospital minha mãe tinha viajando e não tinha me dito, quem cuidou de mim foi minha avó.
Quando acordei eu não era à mesma pessoa de antes, minha aparência havia mudado um pouco meus cabelos estavam mais grandes e sua cor havia mudado também.

Eu não tive nenhuma cicatriz pelo corpo mais tive vários problemas mentais e durante toda a minha vida sempre tive acompanhada de um psicólogo que me aconselhava e ajudava a não sair do controle, diariamente eu tinha fortes ataques de pânico e crises de ansiedade.

Demorou um pouco até eu me sentir bem outra vez, nunca mais vi meu pai novamente e nem a minha mãe.
Eu tentei procurar minha mãe várias vezes mas nunca a encontrava.
Eu moro sozinha em uma casa um pouco grande, minha avó é quem cuida de mim mais ela sempre anda viajando pelo mundo e me deixa sozinha.
Eu já me acostumei a morar sozinha, no começo foi difícil mais eu me acostumei.

Eu não tive uma infância normal como as outras, sempre tinha que ir ao psicólogo e por esses problemas mentais eu não iria a escola e nem saia de casa.

Minha avó ficou comigo até os meu 14 anos e depois começou a viajar e me deixou sozinha naquela casa grande, os empregados cuidaram de mim e me ajudavam eu considero eles meu únicos amigos de verdade, depois que a avó viajou eu tive que tomar minhas próprias decisões e uma delas foi me matricular em uma escola.

No começo foi difícil mais eu me acostumei a ir todo os dias a escola e até fiz uma amiga chamada Nam, ela sabe de todo que acontece na minha vida e tem me ajudado nos últimos anos.

Freenbecky: Um Mundo De SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora