Capítulo 10

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Rebecca

Era uma ótima tarde de terça-feira e como sempre eu estava no terraço da escola deitada olhando o céu azul, no dia anterior eu vi um garoto alto de cabelos negros e olhos pretos abraçando a Freen e logo depois que vi aquela cena uma raiva foi se formando dentro de mim que até eu não sabia o por que eu sentia isso.

Aqueles olhos castanhos o olhando com tanta ternura e carinho, uma chama de raiva me consumia por dentro e a cada palavra que ela dizia ele sorria como não houvesse mais ninguém ao redor, as outras alunas estavam encantadas com aquele sorriso que o garoto colocava no rosto.
Eu apenas sai do local sozinha e fui em direção ao Henrique que havia me chamado no escritório.

Podia se dizer que eu estava com ciúme? Não, eu não estava com ciumes da Freen e eu não tinha muito contato com ela no começo mais depois de alguns dias ela foi se aproximando de mim, ela sempre passava no mesmo horário em frente à casa do Henrique, ela havia me ensinado a andar de skate e sempre estava com o belo sorriso de sempre.
Mais aquele sorriso já havia passado por muita coisa difícil na vida, Henrique me disse que a mãe a abandonou ainda criança e o pai tentou matar lá no mesmo dia.
A avó de Freen cuidou dela até os 14 anos e depois foi viajar pelo mundo e deixou ela sozinha em uma casa grande.
Ainda criança Freen havia desenvolvido uma forte depressão junto com uma ansiedade que a levou várias vezes a busca a morte, em uma de suas tentativas quase deu certo mais por ordem do destino Henrique apareceu e a salvou de dentro do Rio, ela foi salva várias vezes durante sua vida mas felizmente nenhuma deu certo e foi aí que sua avó decidiu procurar um especialista e começar um tratamento.
Foi isso que o Henrique me disse.

Eu não podia acreditar no que ele me disse naquele dia em casa, eu estava com raiva daquelas pessoas que fizeram tanto mal a Freen que na época era apenas uma criança e que cresceu cheia de traumas e sofrimento.

Depois que eu fiquei por um tempo no terraço eu voltei pra dentro da escola e vi a Freen junto com outra garota que eu conhecia por ser sua melhor amiga e companheira.

Foi nesse momento que eu a olhei e vi algo no seu olhar que eu particularmente gostei de ver, pela primeira vez vi alegria nela e isso me fez sorrir como nunca sorri na vida.

Eu não a conhecia muito bem mais sabia que ela já sofreu muito na vidae pela primeira vez a vi feliz, isso pode ser por causa daquele homem que eu vi a abraçando?talvez, mais se fosse ele eu iria lhe agradecer por fazer ela feliz e que pela primeira eu a vi Alegre e sem tristeza ou sofrimento.

Freen e eu trocamos olhares mais logo segui meu caminho em direção a diretoria falar com o Henrique, eu passava a maioria do meu tempo com ele e isso me deixava mais confortável e era uma maneira de me aproximar dele afinal ele era o meu pai.

Bate na porta e pode ouvir um"entre" do outro lado da porta.
Eu vi ele sentado em sua cadeira com o terno que eu lhe dei de presente.
Não era nada de mais era só que...eu sempre podia lhe pedi ajuda com algum problema de matemática ou outra coisa, Henrique era muito bom em matemática aliais ele era professor.
Ele pareceu entender que eu queria ajuda e mesmo ocupado ele veio até mim e passou um tempo me ajudando, os outros alunos estavam na educação física e eu pedi o professor pra poder vir até a diretoria.

Depois de um tempo com ele eu me despedi e foi em direção a minha sala e no caminho eu a vi no corredor andando de skate, isso era proibido eu como uma boa seguidora das regras foi até ela.

Becky- o que pensa que esta fazendo andado de skate pelos corredores da escola - disse ao me aproximar da Freen.

Freen- Oi olhos bonitos, eu só estava andando um pouco pra passar o tempo sabe?- disse ao se aproximar mais de mim.

Becky- não eu não sei, e isso é proibido nessa escola ou qualquer outra.

Ela nem sequer se deu ao trabalho de dizer tchau, saiu com o skate na mão pelo menos entendeu o recado.

Freenbecky: Um Mundo De SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora