Capítulo 13

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Freen

*Sonhos on*

Estava frio e uma enorme ventania espreitava o local, era uma floresta escura e uma densa neblina se fazia presente. De longe podia se ouvir as ondas do mar como se elas me chamassem, aqueles sons que eu ouvia me traziam dolorosas lembranças que eu queria esquecer, eu caminhava sem saber pra onde eu estava indo mais eu só queria chegar.

Finalmente cheguei a onde eu tanto queria e ao mesmo tempo eu odiava estar, o mar me trazia lembranças que eu queria esquecer ou jogar pra bem longe. Foi nesse lugar que eu perde uma de minhas melhores amigas de infância e que eu não conseguia lembrar o que realmente aconteceu. Eu não sei como ela foi para lá mais naquele dia ela se afogou e sinto que ela morreu pra me salvar e por isso não deixo de me culpar.

Meus pais me contaram tantas mentiras que eu não sei qual delas era verdade, ninguém nunca tinha me dito o que realmente eu fiz de errado ou o que tinha provocado aquele acidente mais eu tinha a certeza que foi eu que causei a morte dela...

*Sonho of*

Acordei meio assustada pelo sonho que havia tido, ainda estava de madrugada e a chuva ainda se fazia presente mas era fraca, ao levantar meu rosto dei de cara com a Rebecca.

Ela havia segurado minha mão e ainda fez um pequeno carinho em meus cabelos pra mim não sentir medo da chuva, mais como ela sabia que eu tinha medo da chuva? Talvez ela viu que eu estava me tremendo ou que continha pequenos soluços em minha boca.

Depois desse sonho eu não consegui dormir e apenas fiquei deitada sobre o ombro da Rebecca.
Meu coração ficava acelerado com a sua presença mais nesse momento eu só queria o seu abraço e nada mais.
Depois de um tempo acabei adormecendo em seu ombro com a nossas mãos entrelaçadas.

(...)

Com aquele sonho em minha cabeça nesse momento eu só queria sumi da vida de todos e poder seguir em frente sem ninguém e sem memórias ou coisas negativas me rodiando.

Abri meus olhos e a Rebecca não estava na cama ou no banheiro, talvez ela já tenha ido embora, entrei no banheiro e fiz minha higiene.

Como ainda estava frio e uma leve chuvinha estava presente eu apenas pequei uma calça preta, camisa branca e um moletom cinza, eu não gostava de cores muito vivas.

Desci as escadas e vi a Rebecca na cozinha o que me deixou surpresa e feliz por ela não ter ido embora sem se despedir de mim.

Becky- bom dia Freen, está melhor? - perguntou ao se virar em minha direção, eu não consegui presta muita atenção pois ela estava usando uma roupa minha.

Freen- bom dia Rebecca, eu já estou melhor e obrigada - falei me aproximando dela na cozinha.

Becky- que bom, acho que não tem problema eu ter pegado uma roupa sua no closet né? - ela perguntou apontando para a roupa em seu corpo que eu tenho que admitir que ficou melhor nela.

Freen- não se preocupe Rebecca, eu tenho muitas roupas essa não vai fazer falta - falei ao me sentar na cadeira - eu não irei a escola hoje, meu ombro ainda está muito dolorido.

Becky- tudo bem, eu vou ligar pro Henrique avisando que você vai faltar e que eu vou te ajuda hoje - ela falou pegando o celular no bolso do moleto.

Freen- você não precisa faltar as aulas por minha causa Rebecca, eu já tô bem Grandinhá e posso me cuidar sozinha - falei colocando um pouco de suco em um copo.

Becky- até quando pretende me chamar de Rebecca, e eu vou faltar hoje não vou te deixar aqui sozinha com o ombro machucado - falou se sentando ao meu lado, não pode deixar de notar em suas bochechas rosadas por causa do frio.

Freen- mais Rebecca não é o seu nome?

Becky- sim, mais você pode me dar um apelido se quiser, só pra facilitar - ela falou colocando uma torrada com geléia no meu prato.

Freen- então eu posso te dá uma apelido que ninguém vai conhecer apenas eu? - falei e sem notar soltei um leve sorriso quando ela balançou a cabeça dizendo que sim - então eu vou te chamar de Becky, pode ser ou eu preciso escolher outro.

Becky- se você quiser me chamar pelo apelido que só você conheça acho que o "Becky" não vai funcionar - ela falou colocando um pouco de café em sua xícara - todos os meus amigos mais próximos me chamam assim.

Freen- então posso te chamar de Becbec, esse eu duvido que alguém te chame - falei com meu tom de voz confiante - e esse é um apelido muito carinhoso.

Becky- esse apelido ninguém me chama, acho que esse está perfeito - ela falou em sua linda voz que em seguida acompanhou pelo lindo sorriso que iluminou o meu dia inteiro.

Acabamos de tomar o café da manhã e fomos até a varando da casa, estava frio mais tinha uma brisa muito boa.

Becky- está com frio Freen? - ela falou ao se aproximar de mim com suas bochechas ainda rosados, era a coisa mais fofa do mundo.

Freen- não, mais se você quiser a gente pode entrar - falei ao me encontrar com aqueles olhos de chocolate que ainda estavam me olhando.

Becky- ainda não, aqui fora está perfeito e é incrível ver as gotas de água caindo sobre a grama, não acha? - ela falou e pode ver em seu olhar a mais pura alegria ao me sorrindo com aquela pergunta.

Freen- eu concordo, é incrível poder testemunhar essa maravilha de Deus - falei ao me lembrar do nome de Deus e sorri como uma criança.

Becky- mais acho melhor a gente entra então vamos ficar doentes e eu não quero te ver doente - disse becky me olhando e logo em seguida pego minha mão e entramos na casa.

Eu estava com uma pequena poesia em minha mente mais eu preciso de coragem pra poder dizer pra Rebecca e o que eu realmente sentia por ela.

"Rebecca, eu juro amor,
pela lua tão brilhante!
Acredite que o que eu sinto
tem a força de um gigante e
deixou a minha vida cem mil
vezes mais pulsante"

Freenbecky: Um Mundo De SonhosOnde histórias criam vida. Descubra agora