Dark Sister

Tempo De Planejar

–Rhaenyra, se lembre do que eu te disse. -fala Alyssane.
Rhaenyra age de maneira adulta e madura, como sua irmã mais nova sugeriu.
Ela usa seu charme e carisma para colocar as pessoas do seu lado.
Embora estivesse de má vontade, graças a Alyssane ela não demonstrava isso.
–O que eu não faço por você? -diz Rhaenyra, exausta, depois de um longo dia de petições para sua mão.
Esse dia, de certa forma, foi uma vitória para Rhaenyra.
Elas conseguiram a neta do Lord Estermont, uma Bracken e uma Blackwood como suas novas damas, e se esquivaram de pedidos por sua mão sendo educadas e amáveis.
–Transformar as ideias de merda da minha família em boas ideias é a minha especialidade! -fala Alyssane, rindo, enquanto desamarrava o corpete.
–Não por muito tempo, teremos que voltar para a comemoração pelo segundo ano de Aegon vivo sobre Planetos.
–A gente nem conhece nossa nova irmã, não é?
–Não.
–Sabe o que é melhor? Podemos comentar sobre como Aegon nasceu sete meses e meio depois da união e lançar uns boatos sobre bastardos.
Alyssane dá uma risadinha maligna.
–Às vezes eu não sei se quero você como minha Mão ou como Mestre Dos Susurros.
Alyssane tinha dúvidas sobre qual função era melhor.
–Eu gosto de ambas as ideias.
Rhaenyra reflete um pouco.
–Eu estava pensando... E se nós chamássemos uma mulher do Norte e uma do Vale para serem nossas damas?
Alyssane adorou a ideia da irmã.
–Aos poucos você vai ficando mais astuta politicamente e eu estou gostando de ver.
–Temos que aproveitar enquanto Alicent não se enche de damas. Essa é uma maneira de conseguir aliados.
Os olhos de Alyssane brilham.
–E se eu chamar uma Tyrell? Os Tyrell não tem amor pelos Hightower. Ter a própria região de Otto e Alicent dividida seria um bom bônus.
Alyssane era impiedosa nos rumores sobre a prostituição de Alicent e a bastardia de Aegon.
Alicent nem percebia que as pessoas não estavam engolindo sua pose piedosa.
Ela era uma piada.
–Eu paguei a um bordel para fazer uma peça dela seduzindo o rei no quarto dele. -confessa Alyssane, em segredo.
Rhaenyra ri.
–Irmã, você é cruel.
–Sou um verdadeiro Maegor Com Tetas. -debocha a mais nova.
Elas recebem uma carta.
–É Daemon!
Alyssane e Rhaenyra leem avidamente.
–Ele está voltando para casa!
As duas ficaram felizes.
Alyssane nota o sorriso sonhador de Rhaenyra e tem uma ideia.
–E se nosso tio fosse o seu consorte?
Rhaenyra murcha.
–Papai nunca vai deixar.
Então ela sentia vontade, Alyssane podia concluir.
–Eu te ajudo e você me ajuda. Trato?
Rhaenyra a olha confusa, mas aceita.
–Trato, o que você está planejando?
Alyssane puxa um papel e escreve uma carta para o Vale.
Ela fala em voz alta para que a irmã ouça.
–Cara Lady Rhea Royce, como sabe, meu tio Daemon está voltando da guerra. Mais cedo ou mais tarde, vão enviá-lo para o Vale e será você quem será atormentada com a presença dele. Se quer se livrar desse casamento e talvez casar com um homem que a mereça e ter filhos, venha para a capital, vou usar minha influência para chamar o Alto Septão e libertar a ambos deste compromisso indesejado. Meu pai não vai querer ofender o Casa Royce, mas talvez sendo um pedido seu e tendo garantias de que a senhora não sairá ofendida, possa ser possível a sua liberdade. Se aceitar, vá até a capital e me mande uma mensagem. Com todo o meu respeito, Princesa Alyssane."
–Excelente!
A medida que voltavam levando suas novas damas, Alyssane recebeu a resposta de Rhea.
–Ela aceita e está vindo. Mesmo que o pai não aceite seu casamento com tio Daemon, vai aceitar libertar ele dessa união ridícula.
–O que nossa bisavó estava pensando? Ela estava ficando com a mente fraca com a idade? Uma Royce, quando pai já tinha uma Arryn?
–Nossa bisavó e nosso bisavô foram excelentes monarcas mas... Como pais e casamenteiros, sinceramente, não havia como falhar mais.
–Principalmente com as filhas! -fala Rhaenyra, indignada.
–Eles obrigaram nossa mãe a casar e engravidar com 11 anos! Deviam estar com problemas mentais por causa da velhice! Não é possível!
Depois de criticar Jaehaerys e Alyssane, as duas princesas entraram na cidade.
Tudo estava sendo preparado para o dia de Aegon.
Os Hightower começaram a implicância.
–Aegon, o Segundo De Seu Nome? -disse o tio de Alicent.
–Com licença? Você quer matar toda a família real? -pergunta Alyssane em vó alta.
–Hein? -diz o homem, encurralado com a acusação.
–Você chamou Aegon de Segundo De Seu Nome. Para ele ser isso, teria que matar o rei, o herdeiro do rei e o sobressalente. No caso, meu pai, minha irmã e eu, respectivamente. Você planeja nos matar?
O homem ficou vermelho.
–Eu nunca quis...
Ela levanta a mão, interrompendo.
–Cuidado com o que diz de forma tão descuidada, meu senhor. Uma palavra errada nos ouvidos errados e uma tragédia pode acontecer sem querer. Tipo, Canibal entender que eu estou em perigo e agir.
Alyssane sorri.
A família de Alicent faz expressões azedas de quem chupou um limão.
–Entendo sua alegria com o pequeno, mas tomem cuidado com a má interpretação. Vocês não sabem que tipo de pessoa pode falar para o rei e que vocês estão dizendo.
Alyssane e Rhaenyra saem rindo do lugar.
As duas se unem a caçada.
E não é que encontram o cervo branco?
Alyssane pega uma faca.
–Rhaenyra, ele é o símbolo de poder. Temos que pegar ele para nós, ou isso significa que vamos deixar o poder escapar.
Rhaenyra pensava em deixar o animal ir embora, mas se ele significava poder e ela o deixasse, significa que ela teria o poder e o perderia por besteira?
Ambas o acertam.
–O poder é nosso. -fala Alyssane, suja de sangue.
Criston Cole está um pouco assustado com a violência das princesas.
Ele leva a carcaça para o acampamento e conta como as duas capturaram a presa desejada.
Alyssane anda pelo acampamento toda suja de sangue e enquanto vários homens sentem nojo ao vê-la assim, um se destaca, sorrindo e aprovando.
Ele era bonito, alto e musculoso.
–Quem é aquele gostoso ali? -ela pergunta para uma das damas.
–Harwin Strong, filho de Lyonel Strong.
–Interessante.
Alyssane passou o dia pensando nele, enquanto se divertia com as expressões horrorizadas dos convidados, principalmente os Hightower.