O REI DA MÚSICA CLÁSSICA (2) [BL]

Capítulo 283

Um alegre e melodioso som de piano ecoava através das densas e frondosas folhas das árvores carvalho, enquanto se espalhava pela rua estreita sob a sombra das altas árvores bodhi.

Era uma melodia de piano linda e cativante, cada nota e acorde eram executados de maneira tão perfeita que não havia espaço para críticas, mesmo quando tocada nos alto-falantes públicos ao longo da rua, não diminuía a maravilha e a beleza daquela música.

A música era "Crepúsculo Sob a Luz da Lua", e o pianista era Min Chen!

— Quase no segundo som, Qi Mu chegou a essa conclusão.

Ele estava muito familiarizado com o piano deste homem, estava profundamente gravado em sua memória. E esta música, "Crepúsculo", era uma que eles tocaram muitas vezes juntos. Talvez os outros não percebessem, mas Qi Mu lembrava claramente que no final da primeira seção, esse homem gostava de estender um acorde; na metade da segunda seção, sua sequência de oitavas era tão habilidosa que era de se admirar!

Qi Mu ficou atordoado e não soube como responder. Ele estava confuso, não entendia o que estava acontecendo do lado de fora da pequena loja de doces, e não fazia ideia do que estava acontecendo atrás da cerca de madeira.

"Senhor Qi, vá em frente", o belo proprietário da loja sorriu enquanto pegava o bolo Floresta Negra das mãos de Qi Mu e o empurrou suavemente para a frente. Finalmente, Qi Mu tomou sua decisão e deu alguns passos em direção à porta da loja de doces e... gentilmente a empurrou!

Assim que ele olhou ao redor, ele percebeu que, exceto por Min Chen, não havia mais ninguém na rua sob a sombra das árvores bodhi!

Um piano de cauda Steinway branco puro estava posicionado a três metros da fonte, e atrás dele estava o pianista mais renomado do mundo na atualidade —

Austin von Bertram.

Min Chen.

Os fios soltos que normalmente pendiam em sua testa estavam agora presos com gel, revelando uma testa suave e brilhante. Aqueles fios que escapavam para as têmporas franziam de maneira encantadora. Min Chen estava profundamente concentrado, suas mãos pareciam dotadas de vida, dançando pelas teclas brancas e pretas do piano, como se tivessem alma, entoando a música emocionante.

A camada mais baixa da fonte tinha doze pequenas bicas de bronze e, à medida que subiam, reduziam-se para quatro, até o topo, onde havia uma estátua de uma deusa segurando um buquê de flores frescas, de onde a água jorrava incessantemente da outra mão.

Em um dia quente como aquele, as gotas d'água se transformavam em pequenas pérolas no ar e, com o toque do vento, caíam sobre o homem e o piano, como pequenos diamantes, embelezando uma cena tão sedutora e encantadora.

Seu coração estava batendo forte. Ele olhou para aquela pintura perfeita por um longo tempo e, finalmente, Qi Mu tomou uma decisão, decidiu sair da loja de doces de verdade.

Mas quando ele deu o primeiro passo, ficou surpreso ao ver um adorável menino de cabelos dourados surgir de trás de uma das árvores carvalho e lhe entregar uma rosa vermelha brilhante. Quando deu o segundo passo, uma menininha sorridente apareceu do outro lado, entregando-lhe uma segunda rosa vermelha, seguida pelo terceiro passo, quarto, quinto...

Quando Qi Mu finalmente chegou a uma distância de cinco metros do piano, a melodia de "Crepúsculo Sob a Luz da Lua" estava chegando ao seu clímax.

Qi Mu sabia o que viria a seguir na música, o momento em que a luz da lua e o crepúsculo se despediam. Conforme o som do piano atingia o ponto alto, era para despencar abruptamente, tornar-se caótico e desesperado, pois o crepúsculo havia desaparecido.