''Estrela Cadente''

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 'A Nômade' , um espirito criado no ventre da Deusa Terra, protetora  das florestas e dos animais, era como os moradores de uma pequena vila caindo aos pedaços chamavam Astrid, uma jovem Ninfa de cabelos médios e num tom de ruivo muito forte, beirando o laranja, com um longo par de chifres que se assemelhavam a os de uma cabra da montanha, trajava vestes feitas a mão , sem muita habilidade, estava cruzando a floresta aberta no meio da madrugada enquanto contemplava o céu e suas estrelas infinitas, o céu era lindo e limpo, dava uma clara visão de ... tudo, toda a existência, quando sentiu uma força estranha vindo deste, ao olhar atentamente, notou um clarão vindo do céu, como uma bola incandescente,  descendo em uma força e  velocidade assombrosa, Astrid sentiu o impacto quando aquilo caiu não muito longe de onde se encontrava, o impacto levantou pó, destruiu uma grande área ao seu redor, Astrid como protetora, deveria se certificar de que aquilo não traria mais estragos do que já havia trago, caminhando cautelosamente, retirou uma pequena adaga de um dos bolsos mal costurados de suas vestes, e ao se aproximar da cratera, notou que o que havia nele era apenas uma mulher, talvez de 20 a 25 anos, não mais velha que isso, tinha cabelos brancos  com uma longa mecha negra, cabelos que desciam em sua cintura, e trajava um tipo de vestido prateado em Organza pura com pedrarias costuradas em sua gola alta, contornando o pescoço, e mais pedrarias enfeitando a barra do vestido, quando se levantou, o vestido balançou tão glamourosamente que o brilho naquelas pedras quase deu a ilusão de eteriedade, como se aquele ser não fosse humano.

- E quem deveria ser você? -  perguntou Astrid sem apontar sua lamina, mas preparada para qualquer coisa.

- E-Eu? eu me chamo Cassidy... onde estou?! - perguntou Cassidy aflita, havia acabado de cair do céu e estava viva, sua aflição tinha fundamento.

- Você esta na floresta de Gé, eu sou sua protetora, e ... olha você fez um trabalho e tanto destruindo o que levei anos pra cultivar-  Astrid possuía um gênio bem forte, o que as vezes a fazia soar arrogante, mas no fundo era uma pessoa boa e gentil que só queria proteger o que era dela, e estava certa em ter raiva daqueles que destroem a floresta.

- Olha, me perdoa, eu não sei como vim parar aqui, eu só ... abri uma porta e.. cai do céu, nem sei como ainda to aqui, e por que eu to tão alta? - Cassidy parou finalmente para notar seu corpo, parecia tão alta, e tão mais velha, talvez descer do céu em alta velocidade não fez bem para a saúde dela.

- Se você não sabe, imagina eu, olha.... vem comigo, vou te levar pra comer algo e.... vou limpar essa bagunça. - ela acompanhou Cassidy com os olhos enquanto ela saia da cratera, deixando Astrid ali no meio, que se ajoelhou no solo e cravou sua lamina neste, deixando sua energia fluir por todo aquele local, rapidamente varias vinhas se juntaram das arvores destruídas naquela cratera, preenchendo-a, Astrid se levantou e retirou sua lamina daquelas vinhas, enquanto saia junto a Cassidy, a mesma olhou para trás, e pode ver que da cratera cheia de vinhas agora nasciam algumas arvores menores.

- Como caralhos você fez isso?! - Cassidy questionou aquele ato milagroso extasiada 

- É ... magia ué? você caiu do céu...sobreviveu, e não sabe o que é magia? -

- Olha, como eu disse, até agora pouco eu estava só atrás de uma porta... esse lugar aqui é muito novo.... 

- Sorte sua que fui eu que te achei e não os carniceiros, você teria com muita sorte morrido... eles teriam é te vendido pra algum rico ou sei lá, essa coisa de capitalismo não é meu forte.

- Quem diria, até num mundo cheio de magia o capitalismo existe! - Cassidy sorriu e conteu uma risada, não muito longe dali, havia uma cabana feita de madeira, construída por Astrid, ela era melhor na carpintaria do que na costura, isso temos certeza.

- Imagino que não tenha para onde ir, então pode ficar comigo enquanto não acha seu rumo. 

- Gentileza sua... eu quero mesmo é... voltar pra casa, mas não sei como vou fazer isso. - Cassidy olhou o céu uma ultima vez antes de fechar a porta, Astrid a ofereceu alguns vegetais e pães antes de dormir, no outro dia iriam para a cidade, Astrid prometeu ensinar como as coisas funcionavam por ali.

Nox Gênesis: a cidade sombriaOnde histórias criam vida. Descubra agora