Reforço

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Saint finalmente havia baixado a seringa, e Mew agora se aproximava de Parkon, o puxando pra um canto — Tudo aconteceu quando – o chiado que interrompeu suas palavras sai do bolso de Tul, que rapidamente pegou o comunicador no bolso, e entre bipes codificados, recebeu o aviso “estão entrando”. Ambos mais velhos entenderam o recado — Saint temos que ir! – Mew rapidamente se aproxima, tomando Gulf em seus braços, enquanto Tul tomava a pistola do homem inconsciente e se preparava pra leva-lo consigo quando o corpo começa a convulsionar — Não não seu, seu… filho da puta – Parkon sacudia o corpo, e Saint já corria ao seu socorro, mas era tarde mais, o homem já espumava pela boca, e o corpo enfrentava a agonia da morte — Cianeto – foi o diagnóstico de Saint. Em que momento o agressor havia o ingerido Suppasit não sabia, mas agora não havia tempo pra isso — Esqueça, precisamos sair daqui… Agora! – a voz grave de Mew soava como ordem, e Parkon prontamente a obedece, não antes de dar um bom chute no corpo ainda em espasmo — Doutor, atras de mim… E traga sua amiga seringa – apesar da tensão do momento, o homem não perdia o bom humor. 

O corredor vazio, com uma maldita luz em curto, deixava a situação com ar ainda mais de filme de ação, mas isso era vida real, e aqui a cena não podia ser refilmada. O grito de Parkon veio em alerta — Sol cuidado!! – o militar empurra Mew pra trás de uma parede, e abraça o corpo de Saint, virando pra trás e atirando em cheio na testa do homem que se aproximava com uma faca nas mãos. Rapidamente se joga também atrás de uma parede, escondendo o corpo de Saint entre a parede e o seu, tornando a atirar no outro homem que surge ali, disparando sucessivamente em sua direção. Os olhos de Saint estavam surpresos com a agilidade do homem, que lhe sorri dando uma piscadinha — Acho que agora estamos quites doutor – e recebe aquele olhar debochado e o sorriso de canto do jovem médico —  Acho que ainda não Parkon – o médico pressiona com força o ferimento no braço esquerdo, recém feito e ainda nem percebido por Tul, que geme e aperta os dentes com o ato do médico — Você tem fetiche por estar sempre por cima né doutor – o semblante emburrado de Parkon, desencadeia uma risada por parte de Saint — Esse é só um dos muitos que tenho querido – uma aura provocativa rodeava aqueles dois, mas logo a voz de Suppasit ecoa ao redor deles — Se já terminaram com o que quer que seja isso, vamo logo – Tul se afasta limpando a garganta e já se pondo a frente dos outros dois, os encaminhando pra saida. 

Após confirmar que a saída estava livre, Tul da passagem a Mew, que se surpreende brevemente com o roncar do carro que para bem à frente da porta dos fundos por onde eles passam. A porta é aberta e vindo lá de dentro Mew recebe aquele largo e brilhante sorriso — Seja bem vindo chefinho – o terceiro dos três sobreviventes mencionados antes, agora recebe Mew dentro do carro. Uma pequena risada ecoa da garganta de Suppasit — A quanto tempo Apo – acomodando Gulf no banco, ele senta a seu lado, deixando bastante espaço pra Saint, já que o menor se encontrava praticamente grudado em seu corpo. Tul se acomoda no banco do passageiro, logo indicando que deveriam ir, antes que mais alguém aparecesse. O endereço escolhido foi um dois esconderijos espalhados pela cidade, a casa  era simples, mas comportava as necessidades básicas, como o quarto onde o garoto agora era colocado enquanto adormecido, após a febre que já deixava seu corpo. Os demais homens se reúnem agora na sala da pequena residência, Apo já preparava alguns copos de whisky enquanto Tul sussurava no ouvido de Saint, que apena riu balançando a cabeça e se afastando, deixando pra trás um Parkon sorridente e meio bobo — Tul, trouxe algum equipamento ? – Mew que agora retornava do quarto, se aproxima suspirando cansado — Na verdade não, desci do avião praticamente em cima do hospital, liguei pro Apo no meio do caminho. Mas o que precisa exatamente? Uma ligação e resolvo tudo – o amigo de muitas batalhas, agora se acomodava ao lado de Saint no estofado, pegando pra si um copo, e tentando disfarçadamente debruçar o braço ao redor do médico, mas tudo que conseguiu foi um beliscão na perna, além de ter seu copo roubado. Mew solta um palavrão, se sentindo exausto, já havia ficado dias sem dormir, mas nunca seus pensamentos foram tão conturbados, por mais que pensasse, aquela situação parecia extrema demais. O que um garoto como Gulf poderia ter feito a uma das organizações mais poderosas da Ásia!? 

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⏰ Última atualização: Sep 20, 2023 ⏰

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