Capítulo 09

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Harry

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Harry

MEUS SOBRINHOS HAVIAM PEGADO um resfriado, o que impediu Gemma de vir a galeria. Por isso passei o sábado todo la, Nicola insistiu que queria vir junto e desde então ela está dando pitacos não colocação das pinturas, dando ideias de novas exposições.

— Quem é ela? — Um cliente um pouco mais jovem que eu me perguntou. Apontava para Nicola, olhando um quadro.

Não estava mais um clima esquisito entre nós, não depois de eu admitir que aquele beijo mexeu comigo. Mas não tive coragem de lembrar disso, já que mais um pouco cederia a ela.

— É minha..... — Eu quis dizer que era da minha família mas as palavras ficaram entaladas.

Eu estava tenso, inquieto. Fiquei olhando para a ele absorto em meus. pensamentos, lembrando do que eu tinha admitido para ela. Que eu só conseguia pensar em sua boca. Fechei os olhos e respirei fundo. Eu estava perdendo a cabeça. Era isso. Eu estava perdendo a cabeça por ela.

— É uma amiga antiga — resumi.

— Veio quando para cá?

— Há algum tempo — Cruzei os braços, um gesto pra que ele entendesse que eu não tava a fim de falar dela.

— É gata, né? Que horas vocês terminam por aqui? Que posso esperar para... — Mas que caralho esse idiota está falando? Descruzei os braços, me ajeitei, já sem me escorar na parede, e encarei o babaca na minha frente.

— Está achando que vou deixar você pegar ela? — questionei, puto. Ele riu.

— Ué, mas ela é sua amiga.

— Por isso mesmo, um idiota como você que ela não vai ficar.

— Qual é, cara, só perguntei — se defendeu, erguendo os braços. — Até porque quem decide é ela.

— O caralho que é ela.

— Ela quem? — Nicola surgiu pela entrada de portas duplas e olhava pra nós, curiosa. O cara na minha frente sorriu.

— Muito prazer, sou Vitório.

Puxei meu celular do bolso, sem chance encarar Nicola agora, e consultei a hora. Faltavam dez minutos pra fechar.

— Estamos pra fechar por hoje, se ainda não se decidiu por qual quadro...

— Enfim — Disse Vitório, me interrompendo — só queria saber se podia me passar o seu número? — O filho da puta me ignorou, se dirigiu diretamente a Nicola que, do jeitinho fofo e devastador dela, deu um sorriso que me fez querer acabar com ele.

— Eu...

— Tá na hora da gente fechar — cortei sua resposta antes que fosse positiva e me deixasse irritado.

— Eu venho de novo — Vitório avisou atrás de mim. — Depois que seu irmão mais velho, ciumento, largar do seu pé.

Fechei as portas, já que não tinha mais ninguém além dos funcionários.

Amore proibiti | H.S Onde histórias criam vida. Descubra agora