⪼ 7 # 𝕯𝖔𝖈𝖊𝖘 𝖆𝖒𝖆𝖗𝖌𝖔𝖘

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⩥𝑺𝒂𝒕𝒐𝒓𝒖... 𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒅𝒊𝒔𝒔𝒆 𝒒𝒖𝒆 𝒊𝒓𝒊𝒂 𝒈𝒂𝒏𝒉𝒂𝒓. 

20/09/2023

 𝑽𝒐𝒄𝒆̂ 𝒔𝒆𝒎𝒑𝒓𝒆 𝒆𝒔𝒕𝒂𝒓𝒂́ 𝒆𝒎 𝒏𝒐𝒔𝒔𝒐𝒔 𝒄𝒐𝒓𝒂𝒄̧𝒐̃𝒆𝒔.⩤

『••✎••』

Estou tão próxima de Gojo e ele ainda não se deu conta, parecia estar ocupado encarando o chão tendo pensamentos profundos a julgar por sua expressão neutra.

Uma oportunidade perfeita para dar um baita de um susto no tiozinho. Distraído e sem ter Geto por perto, ele nem notaria minha aproximação por trás.

Dando passos largos e silenciosos, chego cada vez mais perto de suas costas que estavam praticamente em minha altura por estar sentado no chão. Meu coração começa a palpitar com a adrenalina de ser pega ou não, pode ser algo besta, mas ainda é divertido.

— Surpres- — Fico pasma ao simplesmente pular em suas costas e bater... Em nada? Sinto meu corpo deslizar para o chão novamente sem nem sequer fazer qualquer tipo de contato físico com Gojo. — Hã?

— Você é bem enxerida, pirralha. — Olhando por cima do ombro, Satoru me fitou de forma estranhamente séria. Não estou acostumada a vê-lo com esse tipo de comportamento. Tudo bem que eu conheci ele hoje de manhã, porém pra mim ainda tá valendo.

— Que treco é esse? — Cutuco o que parece ser uma barreira invisível entre mim e ele. Era estranho, não conseguia sentir absolutamente nada quando tocava naquilo. Era como se meu dedo simplesmente parace de ir para frente quando chegava muito perto.

— É minha técnica jujutsu. Eu poderia explicar como ela funciona, mas duvido muito que esse seu cérebro que deve ter o mesmo processador de um pocket tijolão, consiga compreender alguma palavra do que vou dizer — Deixando sua seriedade de lado, voltou a sua personalidade original e irritante. De tanto insistir em o tocar, finalmente aquela barreira parece desaparecer e meus dedos conseguem encostar em suas costas. — Que isso garota? Tá me assediando é?

O comentário idiota dele me faz recuar para trás, como uma reação instantânea Satoru começou a gargalhar feito um palhaço.

Rangi os dentes. Só ele mesmo para fazer uma piada de tão mal gosto e infantil.

— Não tô vendo a menor graça nisso, seu patife — Dou o tapa mais forte que consigo em seu ombro. Satoru não pareceu se importar nem um pouco, pelo contrário, sua crise de risos aumentou ainda mais.

— Calma aí gatinha arisca...risadas... E a propósito, cadê o Suguruzinho? Estou sentindo falta do meu pedacinho de mel — Depois de passar os braços pelo rosto, porque seus olhos já estavam lacrimejando de tanto rir. Ele se levantou à procura de Geto. — Largou ele no mercado foi?

— Não, larguei ele na entrada da escola — Recordo-me do momento em que sem pensar duas vezes, assim que Geto não estava prestando atenção, sai de fininho pelas suas costas. Confesso que fiquei meio perdida no início, a área dessa escola é realmente grande. Só consegui me localizar mais quando avistei Gojo.

— Ah, então daqui a pouco ele acha a gente — Agora sem se importar mais, Gojo se sentou de volta no chão. — Foi divertido no mercado?

— Mais ou menos. Ele não me deixou pegar um docinho só pra mim, tive que roubar um dos seus. — Cerrei os olhos só de pensar na ação egoísta do tiozinho.

— Doces? — Acho que essa foi a única palavra que ele ouviu da frase. — Suguru comprou doces? Aww... Ele comprou o meu favorito de strawberry?

O de strawberry estava delicioso, lembro dos meus dedos grudentos e melados com a calda. Não sabia que esses eram os favoritos dele, se soubesse disso antes, não teria devorado todos.

Mentira, teria sim.

— O Geto comeu. Eu tentei alertá-lo que esses eram seus favoritos e você ficaria chateado se ele comesse. Mas como ele é uma criatura sem coração, comeu todos sem um pingo de pena — Tentei ser convincente em cada palavra. — Da próxima vez, manda ele comprar os próprios doces.

— Traíra... — Consegui ver ele apertando os punhos, pelo jeito tinha acreditado na minha mentira descarada. — Vamos ver se ele vai achar engraçado quando acidentalmente a cama dele pegar fogo.

— Você é bem apocalíptico. — Satoru sorriu, pelo jeito tinha levado isso como um elogio. — Como você ainda não botou fogo nessa escola?

— Eu tentei — Ah, claro. Nem sei porque eu duvidei disso. — Infelizmente não deu certo.

Mas não vou julgar por isso. Se tivesse chance, também explodiria esse hospício que se chama escola.

Me lembro de mais um dos docinhos que roubei da sacola. Diferente do de Strawberry, ainda tinha um guardado.

— Eu ainda tenho esse aqui de uva que roubei também — Sento-me do seu lado e retiro o doce que estava escondido no meu bolso. — Pode ficar.

Satoru aceitou o docinho de bom grado. Tirou o plástico e enfiou na boca de uma vez só.

— Sobre o que você e Suguru conversaram depois de chegar no mercado? — ele perguntou ainda de boca cheia.

— Hmn... Sobre doces, comida e sobre você.

— O que falaram de mim? — Por algum motivo, essa pergunta parecia ter segundas intenções.

— Sobre como você ama doces — Satoru pareceu decepcionado com minha resposta, não era aquilo que ele queria saber e isso estava claro. Não consigo entender o que ele quer... Mas, talvez. — Gojo, você tava ouvindo nossa conversa?

— Hã? Claro que não... Eu não sou assim. Não é como se eu fosse seguir vocês e tivesse ouvido o que não deveria. Eu tenho cara de stalker? — Mesmo sendo querer, entregou tudo. Então era por isso que ele estava assim! Deve ter ficado chateado com o que Geto falou.

— Vamos dizer que "hipoteticamente" — Uma das palavras difíceis que Geto me ensinou durante o caminho. — Você seguiu a gente e acabou ouvindo uma conversa que não deveria. Até onde você ouviu?

Ele me fitou provavelmente pensando se entregava o resto do jogo. O que era irônia, porque ele já tinha praticamente entregado de bandeja o fato de estar nos perseguindo.

— Então vamos dizer que hipoteticamente ouvi sobre como Suguru se sentia em relação a mim. Ele acha que não passa da droga de um figurante — Satoru colocou a mãos sobre seu rosto e murmurou baixo. — Idiota...

- Acho que não é exatamente isso. — Consigo chamar sua atenção novamente. — Ele não pensa assim. Geto sabe do seu próprio valor e não deixaria isso atrapalhar a amizade de vocês. Acho que ele apenas não gosta do que as pessoas pensam, que o subestimem por sempre estar atrás de você.

Não estava mentindo. Tenho certeza que Geto nunca desprezaria Gojo desse jeito. Ok, eu compreendo que Gojo não é pessoa mais humilde quando se trata de si mesmo, mas no fundo ele é o tipo de pessoa que você quer sempre ter por perto. Te fazendo rir quando está triste; alguém que vai se importar com seus sentimentos; alguém que sempre vai estar lá quando você mais precisar.

— Parece que a tampinha da S/n é mais madura do que parece. — Tive minha área pessoal invadida pelas mãos grandes que passearam pelo meu cabelo, deixando-o bagunçado. Como uma reação instintiva me virei e mordi seus dedos. — AÍ SUA CACHORRA!

『••✎••』

Gojo e Geto cuidando da S/n por um dia.Onde histórias criam vida. Descubra agora